O ROTEIRO MAIS COMPLETO DE SÃO PAULO |
DE 27 DE MARÇO A 2 DE ABRIL DE 2015 |
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CARTAS
Tudo acaba em... Li e reli minha resposta ao leitor Edmundo Mercer ("Guia" de 6/3) e não consigo entender onde fui mal-educado, como escreveu a leitora Célia Giossa ("Guia" de 13/3). Falei em confusão, pois é o que acontece com sistemas de cotações, com senhores ou jovens. Quando respondi, aliás, não sabia a idade do sr. Edmundo, e não vejo por que a resposta teria sido diferente caso o soubesse. Cotações sempre confundiram leitores porque o símbolo é mais forte, e uma estrela passa frequentemente por cotação negativa. Já acontecia isso nos anos 1950, quando revistas francesas como a "Cahiers du Cinéma" adotavam as tais estrelas. No mais, a última parte da resposta da Célia [em que ela diz ter uma filha cinéfila, que faz críticas em um blog] vem ao meu auxílio quando digo que hoje "todo mundo acha que pode ser crítico". Uma pessoa pode ser uma ótima crítica, mas não por ser jornalista e cinéfila. É preciso muito mais. Talvez eu esteja dando mais munição para quem me considere mal-educado, mas costumo tratar os leitores como adultos, e tenho saudades de quando as pessoas não se ofendiam por qualquer coisa. Sérgio Alpendre, professor e crítico de cinema da Folha ...Ingrid Bergman Fui agraciado com comentários favoráveis e contrários [à opinião sobre a crítica de Sérgio Alpendre a respeito do filme "O Jogo da Imitação"], publicada no "Guia" de 6/3. Peço estender agradecimentos à leitora Célia, que, em simpática nota, concordou comigo, e também explicar ao bancário Geraldo que opiniões diferentes são necessárias. Divirjo do professor Alpendre por ter opiniões sistematicamente contrárias às dos demais críticos da Folha. Mas não sou crítico, apenas um velho cinéfilo que começou a gostar de filmes muito antes do nascimento da grande maioria dos atuais avaliadores. Em 1948, assisti no cine Rio Preto, na minha cidade, "Paisà", do Rossellini, obra pioneira do então nascente neorrealismo. Mais tarde, já morando em São Paulo, frequentei os cinemas da avenida São João e assisti "n" vezes "Casablanca". Foi então que troquei minhas paixões italianas pela sueca Ingrid Bergman. Ouvindo "As Time Goes By", morri de inveja dos amores de Ingrid. Mas paro por aqui, abrindo espaço para críticos melhores e mais jovens. Abraços do fiel leitor do "Guia". Edmundo Paes de Barros Mercer, 80, aposentado Envie um e-mail para guia@grupofolha.com.br |
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