Índice O ROTEIRO MAIS COMPLETO
DE SÃO PAULO
Guia da Folha
 

DE 7 A 13 DE JULHO DE 2006

 

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EXPOSIÇÕES

Mostras internacionais

Circuito ganha força com arte de Cuba a Coréia

Luciana Pareja

A três meses da 27ª Bienal de São Paulo, a cidade já respira ares internacionais com uma série de boas mostras promovidas por espaços conceituados. Artistas inseridos no circuito mundial das artes, menos ou mais conhecidos, chegam ou seguem em cartaz nos espaços expositivos daqui, em sete exibições gratuitas que merecem visita.

Estréias

Anya Gallacio

Artista mostra obras inéditas na América do Sul

Escocesa, Anya Gallacio nasceu em 1963, mas já foi indicada, em 2003, ao Turner Prize, principal premiação de artes visuais da Inglaterra, promovida pela Tate Gallery. No quadro de galerias de Londres, Nova York e Los Angeles, ganha sua primeira mostra na América do Sul na Leme, a partir de quinta (dia 12), com trabalhos em que explora o contraste entre o perecível e o perene, entre o natural e o artificial, usando materiais orgânicos, como troncos de árvore, e metais como bronze e ouro.

Galeria Leme (r. Agostinho Cantu, 88, Butantã, região oeste, tel. 3814-8184). Seg. a sex: 10h às 19h. Sáb.: 10h às 17h. Abertura 12/7.Até 25/8. Estac. grátis.

Martín & Sicília

Dupla das Ilhas Canárias exibe arte bem-humorada

Brincando com a noção de realidade e a mitificação do cotidiano, José Arturo Martín, 32, e Javier Sicilia, 35, das Ilhas Canárias, firmaram seu nome no circuito internacional exibindo suas obras em mostras como a última Bienal de Havana. Nas pinturas, fotos e instalações bem-humoradas e com traços pop que exibem pela primeira vez no Brasil -na galeria Nara Roesler-, eles surgem como personagens, reforçando o ar farsesco.

Nara Roesler (av. Europa, 655, Jardim Europa, região oeste, tel.3063-2344). Seg. a sex.: 11h às 20h. Sáb.: 11h às 15h. Até 5/8.Estac. grátis. Monitoria c/ agend. Acesso a deficientes Tem local para comer Faz visita monitorada

Pintores coreanos

Galeria apresenta pintura atual da Coréia

Três nomes da Coréia vêm à cidade pela segunda vez mostrar faces da pintura atual. O renomado Yi Goo Kim, 38, usa como suporte caixas de papelão e é diretor da Colorbrain, entidade que organiza as artes visuais do país. A mais jovem, Sun Jung Kim, 29, faz retratos (foto) que dão a sensação de intimidade. Com quadros nos quais o corpo é visto em detalhes hiperrealistas -umbigos e mamilos-, Hye Won Yoon, 30, é formada no San Francisco Art Institute e vive nos EUA.

Galeria Deco (r. dos Franceses, 153, Bela Vista, região cen-tral, tel. 3289-7067). Seg. a dom.: 10h às 19h. Abertura12/7. Até 29/7.

Em cartaz

Fabrice Langlade

Poesia marca instalações e escultura de francês

Recém-exibido em uma individual na galeria Jean-Gabriel Mitterrand, em Paris, Fabrice Langlade, 42, está em cartaz na Millan Antonio (pela qual passa a ser representado no país) com sua primeira exposição em São Paulo -a segunda no Brasil, depois da mostra no Espaço Cultural Sergio Porto, no Rio de Janeiro, em 1994. O francês, que já expôs em galerias e instituições de renome no Japão, Bélgica, Áustria e Itália, entre outros países, utiliza um jogo de síntese visual e de pequenas formas sutis que compõem formas maiores. A visão do espectador é trapaceada com delicadeza em instalações e esculturas repletas de nuances poéticas, que extraem uma harmoniosa leveza de elementos prosaicos.

Galeria Millan Antonio (r. Fradique Coutinho 1.360, Pinhei-ros, região oeste, tel. 3031-6007). Seg. a sex.: 10h às 19h.Sáb.: 11h às 15h. Até 20/7.

Gueule de Bois

Espaço destaca intercâmbio de xilogravuristas

Uma das formas mais interessantes de intercâmbio artístico entre diferentes países é a realização de encontros entre seus artistas para que criem coletivamente e troquem experiências que ampliam o repertório pessoal. Foi o que aconteceu em julho de 2005 no Atelier Presse Papier, instituição canadense que promove encontros entre gravuristas e é sediada em Quebec. Nomes locais -como Gabriel Routhier (foto) e Alain Fleurent- uniram-se a outros do Brasil (Fabricio López), Argentina, Cuba e México. Todos com um trabalho voltado para a xilogravura, em que a matriz é esculpida na madeira. Com as obras resultantes da iniciativa, formou-se a exposição Gueule de Bois, em cartaz na Gravura Brasileira.

Gravura Brasileira (r. Fradique Coutinho, 953, JardimAmérica, região oeste, tel. 3097-9193). Seg. a sex.: 10hàs 18h. Sáb.: 11h às 15h. Até 6/8. Estac. (grátis a 1ª h e R$ 2 p/ h adicional).

José de Guimarães

Museu revela faceta contemporânea de português

Sumidade das artes visuais de seu país, o artista plástico português José Maria Fernandes Marques, que adotou o sobrenome "de Guimarães" por ter nascido nesta cidade, é um veterano entre todos os outros artistas citados nestas duas páginas. Nascido em 1939, permanece em intensa atividade e já transitou por diversos estilos artísticos -como o neo-expressionismo e o modernismo- em suas pinturas, esculturas e objetos. Foi investigando as relações entre Portugal e as colônias africanas que encontrou sua verve contemporânea, ao recriar símbolos da cultura negra em forma de um alfabeto ideográfico, que pode ser visto na mostra que figura no Museu Afro Brasil.

Museu Afro Brasil - parque Ibirapuera - pavilhão Pe.Manoel da Nóbrega (av. Pedro Álvares Cabral, s/ nº,portão 10, parque Ibirapuera, região sul, tel. 5579-0593). Ter. a dom.: 10h às 17h (c/ permanência até as 18h). Até 10/9. Estac. grátis (portão 3).A D

Ruben Torres Llorca

Cubano explora a realidade em 15 peças conceituais

Filho de um pintor muralista politicamente engajado que foi morto na Revolução Cubana, Ruben Torres Llorca, 49, preferiu criticar a realidade de seu tempo de uma maneira elegante, por meio de uma fina ironia artística. Deixou para trás a ilha ainda comandada por Fidel Castro e se instalou em Miami, onde é reconhecido como um dos maiores artistas de seu país. Sua obra conceitual parte de ícones da cultura de massa norte-americana dos anos 50 e de elementos bizarros, como esculturas de animais, para evidenciar o papel ferino da linguagem, que em seus trabalhos adquire o caráter do distanciador, da artificialidade que mantém a máscara social intacta. O que pode ser conferido na galeria Thomas Cohn até o fim do mês, em 15 peças.

Galeria Thomas Cohn (av. Europa, 641, térreo, Jardim Euro-pa, região oeste, tel. 3083-3355). Ter. a sex.: 11h às 19h.Sáb.: 11h às 18h. Até 29/7. Estac. grátis.A R V
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Férias

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Teatro

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