EXPOSIÇÕES

Coleção Gilberto Chateaubriand

Pinacoteca traz expoentes de cem anos de arte nacional

Luciana Pareja

Combinando amor à arte e dinheiro em caixa, Gilberto Chateaubriand vem amealhando desde 1954 um número espantoso -quase 7.000- do que de melhor se produz em artes visuais desde o começo do século 20 até a atualidade. Um cuidadoso recorte desta coleção, que descansa em comodato no MAM-RJ, pode ser visto na Pinacoteca do Estado a partir de amanhã (dia 8).

Com o subtítulo "Um Século de Arte Brasileira", 170 peças selecionadas a dedo por Fernando Cocchiarale e Franz Manatta, dispostas em ordem cronológica e em movimentos artísticos, traçam um panorama abrangente que revê as transformações por que passou a arte nacional diante de tendências artísticas mundiais e da realidade sócio-política do país.

O núcleo "O Modernismo e seus Desdobramentos" traz o movimento e seus reflexos nas obras de nomes como Anita Malfatti, Portinari, Tarsila do Amaral e Cícero Dias.

O rompimento com o figurativismo e a busca pelo rigor formal entre 1948 e 62 estão em "Construtivismo e Abstracionismo", que traz o emblemático grupo Frente, personificado por Lygia Clark, Lygia Pape, Abraham Palatnik, Hélio Oiticica e Aluísio Carvão.

Em "A Imagem Contemporânea", os anos 60 e a retomada do figurativismo -usando cânones pop, artes gráficas e fotografia- são mostrados como inspiradores dos anos 80 nas obras de Anna Maria Maiolino, Cristina Canale, Cláudio Tozzi e Beatriz Milhazes, entre outros.

Desembocando no presente, "O Experimentalismo e seus Desdobramentos" expõe a quebra de fronteiras e o uso de novas tecnologias -como vídeo e computadores- seja nos anos 70, seja nos anos 90 e hoje. Nele estão nomes como Carlos Zílio, Cildo Meireles e Jac Leirner.

Pça. da Luz, 2, Bom Retiro, região central, tel. 3229-9844. Ter. a dom.: 10h às 18h. Abertura 8/7. Até 13/8. Ingr.: R$ 4 (p/ estudantes: R$ 2, sáb.: grátis). Estac. grátis. Visitas monitoradas c/ agendamento. A C D I V