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Guia da Folha
 

DE 27 DE JUNHO A 03 DE JULHO DE 2008

 

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FÉRIAS

Kung Fu Panda

Animação recicla clichês de filmes de luta

Ricardo Calil

O ano tem sido pródigo até aqui para as animações vindas de Hollywood. Uma semana depois da estréia de "Wall-E" (o melhor desenho da Pixar desde "Procurando Nemo"), chega aos cinemas brasileiros "Kung Fu Panda" (por sua vez, o melhor da concorrente DreamWorks desde o "Shrek" original).

O novo filme, aliás, tem o mesmo ponto de partida da série do ogro verde: fazer o pastiche de um gênero consagrado -no caso, as artes marciais no lugar dos contos de fadas. Mas, desta vez, o tom é mais de homenagem do que de subversão -o que torna a animação uma espécie de versão animada de "Kill Bill".

Na história, o preguiçoso e desajeitado panda Po (vozes de Jack Black e Lúcio Mauro Filho, na versão dublada), fanático por kung fu, vive infeliz como ajudante no restaurante de macarrão de seu pai. Até que um dia, surpreendentemente, ele é escolhido para cumprir uma antiga profecia e se tornar o maior guerreiro de sua região, desbancando favoritos como a Tigresa (Angelina Jolie e Juliana Paes, na versão em português) e o Macaco (Jackie Chan). Cético e contrariado, o velho mestre Shifu (Dustin Hoffman) começa a treinar Po para enfrentar o temível Tai Lung (Ian McShane), que promete destruir o vale da Paz.

Dirigido por John Stevenson e Mark Osborne, "Kung Fu Panda" recicla com eficiência não apenas os clichês narrativos dos filmes de kung fu (a relação entre mestre e discípulo, por exemplo) mas também os visuais e sonoros (como a câmera lenta e os barulhos exagerados dos golpes nas lutas). E se, por um lado, alguns atores são desperdiçados em papéis pequenos (como Chan), por outro, o filme consegue absorver totalmente a persona cômica de Jack Black -criando um Po à imagem e semelhança de um dos melhores comediantes de sua geração e tornando-o um personagem irresistível.

Censura: livre.
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