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04/11/2011 - 20h12

Cineastas pedem que governo brasileiro defenda colegas iranianos

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RODRIGO RUSSO
COORDENADOR DE ARTIGOS E EVENTOS

Em manifesto dirigido ao governo brasileiro, um grupo de 26 cineastas, produtores e atores internacionais pede que o país, nas próximas reuniões da Assembleia Geral da ONU, defenda os direitos de cineastas, jornalistas e professores universitários bahá'is presos no Irã e peça sua imediata soltura.

Entre os signatários estão os cineastas Atom Egoyan, Beto Brant, Daniela Thomas, Frederic Boyer, Guido Chiesa, Hector Babenco, Jorge Furtado, Lais Bodanzky, Lucia Murat, Mohsen Makhmalbaf e Walter Salles. O diretor teatral Antunes Filho e Renata de Almeida, diretora da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, também assinam o documento em inglês, intitulado "Manifesto em apoio aos cineastas, produtores, jornalistas e professores universitários encarcerados no Irã" e obtido com exclusividade pela Folha.

Nele, os signatários também mencionam a urgente necessidade de a República Islâmica do Irã respeitar, como condição para assinatura de quaisquer acordos bilaterais com o Brasil, práticas básicas de direitos humanos.

O manifesto foi costurado a partir da visita ao Brasil do cineasta iraniano Mohsen Makhmalbaf, que deixou o Irã após sofrer ameaças de morte, e de sua amizade com Walter Salles. Makhmalbaf já havia criticado na segunda-feira, durante conferência do ciclo Fronteiras do Pensamento em Porto Alegre, a proximidade do governo Lula com o regime de Ahmadinejad.

Divulgação
O cineasta iraniano Mohsen Makhmalbaf
O cineasta iraniano Mohsen Makhmalbaf

O cineasta Jorge Furtado, que nesta semana publicou em seu blog uma carta aberta à presidente Dilma Rousseff com pedido semelhante, foi o responsável pela organização do documento e da adesão de novos signatários.

No texto em seu blog, Furtado se declarou admirador e eleitor de Dilma e comparou a trajetória do cineasta iraniano à da presidente: "Ele tem uma história parecida com a sua: lutou corajosamente contra uma ditadura em seu país e por isso foi preso. Quando a ditadura terminou, ele emprestou seu talento para a construção da liberdade (...) Se aqui no Brasil esta história acabou bem e hoje vivemos numa democracia, no Irã a luta pela liberdade está bem longe de um final feliz".

 

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