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Só músicas do pai salvam show de Damian Marley no SWU
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MARCO AURÉLIO CANÔNICO
ENVIADO ESPECIAL A PAULÍNIA (SP)
Não deixa de ser irônico (e triste), que, em um dia cheio de atrações reggaeiras, Damian "Jr. Gong" Marley tenha feito o show menos interessante entre os artistas do gênero.
O filho caçula de Bob Marley entrou no palco precedido por um locutor que anunciou suas credenciais, como que para diferenciá-lo das bandas americanas do gênero que tocaram mais cedo: "Reggae music diretamente de Kingston, Jamaica". É verdade, Damian é da terra do reggae e filho do rei do reggae. Nada disso, no entanto, se traduz automaticamente em talento.
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Com a cabeça cheia de dreadlocks gigantes, que chegavam até seus pés, Damian usou todos os símbolos possíveis do reggae e do rastafarianismo - desde a clássica bandeira tricolor do movimento, que um cidadão ficou agitando no palco o tempo todo, até imagens do imperador Haile Selassie (que os rastas consideram um deus). Desfilou canções que seguem tanto a tradição de protesto do reggae (como "More Justice") quanto as evocações religiosas (como "Road to Zion" e "The Promised Land", que ele gravou com o rapper Nas), mas nada que empolgasse.
Seu show só saiu do tédio total quando ele usou o repertório do pai - "Get up, Stand up", "Is this Love?" e "Could You Be Loved?" causaram forte reação na plateia, como era de se esperar.
Eduardo Anizelli/Folhapress | ||
Damian "Jr. Gong" Marley, filho de Bob Marley, durante show no festival SWU, em Paulínia (SP), neste sábado (12) |
Algumas parcas citações de clássicos (como "Exodus" e "Police and Thieves", de Junior Murvin e Lee Perry) no meio de outras canções também foram notadas. O público -que, em sua maioria, não havia nem nascido quando Bob Marley morreu, há 30 anos- assistiu ao show com respeito e num clima "campus da USP antes da polícia" (a liberdade para fumar maconha nesse primeiro dia foi incomparávelmente maior do que no SWU passado).
Acostumado a circular entre famosos graças ao sobrenome (recentemente entrou para o projeto SuperHeavy, com Mick Jagger e Joss Stone), Damian aproveitou para contar a história da canção que fez com o astro pop Bruno Mars ("Ele me chamou para um drinque e eu disse, 'não, Bruno, vamos fumar marijuana'") - não que alguém tenha se importado.
Muito mais ação do que no palco foi vista na plateia quando a modelo Isabeli Fontana passou acompanhada de seu namorado, Rohan Marley (outro dos inúmeros filhos de Bob), ambos cercados de seguranças que foram abrindo caminho à força rumo à frente do palco.
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