Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
12/11/2011 - 20h52

Só músicas do pai salvam show de Damian Marley no SWU

Publicidade

MARCO AURÉLIO CANÔNICO
ENVIADO ESPECIAL A PAULÍNIA (SP)

Não deixa de ser irônico (e triste), que, em um dia cheio de atrações reggaeiras, Damian "Jr. Gong" Marley tenha feito o show menos interessante entre os artistas do gênero.

O filho caçula de Bob Marley entrou no palco precedido por um locutor que anunciou suas credenciais, como que para diferenciá-lo das bandas americanas do gênero que tocaram mais cedo: "Reggae music diretamente de Kingston, Jamaica". É verdade, Damian é da terra do reggae e filho do rei do reggae. Nada disso, no entanto, se traduz automaticamente em talento.

Veja galeria de fotos do primeiro dia do SWU
Acompanhe o raio X dos shows

Com a cabeça cheia de dreadlocks gigantes, que chegavam até seus pés, Damian usou todos os símbolos possíveis do reggae e do rastafarianismo - desde a clássica bandeira tricolor do movimento, que um cidadão ficou agitando no palco o tempo todo, até imagens do imperador Haile Selassie (que os rastas consideram um deus). Desfilou canções que seguem tanto a tradição de protesto do reggae (como "More Justice") quanto as evocações religiosas (como "Road to Zion" e "The Promised Land", que ele gravou com o rapper Nas), mas nada que empolgasse.

Seu show só saiu do tédio total quando ele usou o repertório do pai - "Get up, Stand up", "Is this Love?" e "Could You Be Loved?" causaram forte reação na plateia, como era de se esperar.

Eduardo Anizelli/Folhapress
Damian "Jr. Gong" Marley, filho de Bob Marley, durante show no festival SWU, em Paulínia (SP), neste sábado (12)
Damian "Jr. Gong" Marley, filho de Bob Marley, durante show no festival SWU, em Paulínia (SP), neste sábado (12)

Algumas parcas citações de clássicos (como "Exodus" e "Police and Thieves", de Junior Murvin e Lee Perry) no meio de outras canções também foram notadas. O público -que, em sua maioria, não havia nem nascido quando Bob Marley morreu, há 30 anos- assistiu ao show com respeito e num clima "campus da USP antes da polícia" (a liberdade para fumar maconha nesse primeiro dia foi incomparávelmente maior do que no SWU passado).

Acostumado a circular entre famosos graças ao sobrenome (recentemente entrou para o projeto SuperHeavy, com Mick Jagger e Joss Stone), Damian aproveitou para contar a história da canção que fez com o astro pop Bruno Mars ("Ele me chamou para um drinque e eu disse, 'não, Bruno, vamos fumar marijuana'") - não que alguém tenha se importado.

Muito mais ação do que no palco foi vista na plateia quando a modelo Isabeli Fontana passou acompanhada de seu namorado, Rohan Marley (outro dos inúmeros filhos de Bob), ambos cercados de seguranças que foram abrindo caminho à força rumo à frente do palco.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página