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09/12/2011 - 23h07

Filme de Angelina Jolie sobre a Bósnia é bem recebido no país

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DARIA SITO-SUCIC
DA REUTERS, EM SARAJEVO

As vítimas da guerra da Bósnia, entre 1992 e 1995, deixaram de lado a maior parte de suas preocupações com relação a um filme da estrela de Hollywood Angelina Jolie durante uma exibição fechada nesta semana.

A oposição contra as filmagens da história de amor entre um sérvio e uma muçulmana na Bósnia no ano passado obrigaram Jolie a gravar a maior parte do filme na vizinha Hungria. Apenas algumas das cenas externas foram gravadas na Bósnia.

Mas a exibição do filme na noite de quinta-feira em Sarajevo para as associações das vítimas obteve reações positivas de alguns dos maiores críticos de Jolie.

Carlo Allegri/Reuters
Angelina Jolie e Brad Pitt chegam à pré-estreia de "In the Land of Blood and Honey", em Nova York
Angelina Jolie e Brad Pitt chegam à pré-estreia de "In the Land of Blood and Honey", em Nova York

"Ela fez um filme fantástico para a Bósnia e Herzegóvina, Eu posso realmente dizer isso do ponto de vista da vítima", disse Murat Tahirovic, presidente da associação para os detidos (durante o período de guerra) da Bósnia, à televisão estatal, em Sarajevo.

Tahirovic estava entre uma dezena de representantes das vítimas da guerra que foram convidados para uma exibição fechada do filme "In The Land of Blood and Honey", a estreia de Jolie como diretora.

"Todos deveriam assistir a este filme", disse Tahirovic.

Em outubro de 2010, um ministro bósnio cancelou as licenças para filmagem concedidas a Jolie alegando falta de documentação, depois que as mulheres vítimas da guerra se opuseram a alguns detalhes do roteiro, dizendo se tratar do amor entre um estuprador e sua vítima.

O filme conta uma história de amor entre um sérvio e uma muçulmana antes da Guerra da Bósnia, que se encontram posteriormente em circunstâncias diferentes -- ele é um oficial do Exército e ela é sua prisioneira.

Vítimas da violência sexual na Bósnia escreveram à agência de refugiados da ONU, dizendo que Jolie não merecia seu papel como embaixatriz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), e que não conhecia o suficiente sobre o conflito.

Jolie visitou a Bósnia no ano passado como representante do Acnur.

Ela gravou a maior parte do filme em Budapeste, mas pediu às vítimas que expressaram objeções para que reservassem seus julgamentos até que tivessem visto o produto final.

Uma das vozes mais críticas às filmagens de Jolie na Bósnia disse, após assistir à produção, que estava satisfeita com o retrato da guerra no filme.

"Duas horas de filme não são suficientes para mostrar (todos os horrores da guerra), mas eu acho que Angelina conseguiu fazer isso", disse Sadzida Hadzic, da associação de Mulheres-Vítimas da Guerra.

 

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