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18/12/2011 - 07h41

Cirque du Soleil faz tributo cafona a Michael Jackson

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FERNANDA EZABELLA
ENVIADA ESPECIAL A LAS VEGAS

Que o Cirque du Soleil consegue misturar sapateado, hip-hop e "pole dance" não é novidade. Mas daí a transformar os zumbis maltrapilhos de "Thriller" em múmias bem vestidas já é demais.

Veja galeria de fotos do espetáculo "The Immortal"

O império canadense de entretenimento, que mantém mais de 20 shows em cartaz simultaneamente pelo mundo, estreou em outubro "The Immortal", homenagem a Michael Jackson (1958-2009). São mais de 20 números com hits do astro pop.

O show, apresentado num cassino de Las Vegas, vem na esteira de outros tributos da trupe, como o elogiado "Love", baseado no cancioneiro dos Beatles, e o malfadado "Viva Elvis".

"The Immortal" sai em turnê no próximo ano por cidades dos EUA, antes de seguir para a Europa. Não há previsão de ida ao Brasil.

Ao contrário das montagens focadas em acrobacias, o novo show prioriza números de dança. O resultado, é claro, não chega aos pés das coreografias do rei do pop, criador do "moonwalk".

Jackson aparece com frequência nos telões, seja ainda criança, como integrante do Jackson 5, seja em videoclipes. Mensagens de amor e esperança recitadas por ele também estão no script, numa pouco sutil tentativa de arrancar lágrimas da plateia.

Há uma certa poesia nos trajes luminosos, embora o truque se repita no hip-hop de "Billie Jean", no balé aéreo de "Human Nature" e nos corações de robôs de "They don't Care about Us".

ZUMBIS MUMIFICADOS

Um dos momentos mais aplaudidos é a performance do dançarino Jean Sok, que tem uma só perna. Para dançar "break", o artista joga para o alto as muletas em "Jam" e "Dancing Machine".

Mas os gritos da plateia vêm mesmo nos primeiros acordes de "Thriller". À semelhança do clipe clássico, os dançarinos do Soleil se movimentam como zumbis. O figurino da trupe é que destoa: estão todos paramentados como múmias.

Outro número brega é o de "Beat It": uma luva brilhante e um par de sapatos ganham vida própria. Sem contar que, vez por outra, um dançarino surge fantasiado de Bubbles, o chimpanzé que o cantor adotou nos anos 80.

Eventualmente, a ligação entre a caracterização do elenco e a música em questão é incompreensível.

Em "Wanna Be Startin' Somethin'", por exemplo, dançarinos de colã fluorescente e corte moicano lembram selvagens. Uma big band deu à música levada tropical. A letra, não custa lembrar, narra a preocupação de um marmanjo com o que andam falando sobre sua garota.

Outras 40 canções ganharam versões especiais, com novos arranjos e "mash-ups", assinados pelo produtor Kevin Antunes (de Justin Timberlake e Madonna).

Editoria de Arte/Editoria de Arte/Folhapress
 

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