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29/03/2012 - 12h33

Mauricio Wrots, colaborador de 'O Pasquim', fala sobre Millôr

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DE SÃO PAULO

A morte do jornalista Millôr Fernandes na noite de terça-feira (27), aos 88 anos, causou comoção entre seus amigos, escritores e desenhistas.

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Mauricio Wrots, colaborador de "O Pasquim" --jornal que Millôr ajudou a criar-- e autor do livro "A Relatividade da Infidelidade", deu seu depoimento sobre o escritor e cartunista:

"Millôr costumava ridicularizar a Academia Brasileira de Letras. Ironizava o Sarney, dizia que só aceitava entrar para a Academia na vaga dele. Teve problemas com a ditadura quando Onassis casou com Jaqueline e fez um pacto nupcial milionário estipulando quantas vezes dormiriam juntos. Millôr calculou o custo de cada vez e achou um valor astronômico. Deu problema com a censura.

Millôr era irmão do Hélio Fernandes, dono do jornal Tribuna da Imprensa e cujo filho Rodolfo Fernandes, editor do 'Globo', morreu recentemente. Era muito ligado a Fernanda Montenegro em trabalhos teatrais.

No primeiro número do Pasquim Millôr escreveu um artigo com o seguinte título: 'Independente, é? Vocês me matam de rir'. E fechava o texto assim: 'Se esta revista for mesmo independente, não dura três meses. Se durar três meses não é independente. Longa vida a esta revista'. O Pasquim durou mais de duas décadas, até meados de 1992."

Acervo UH/Folhapress
O desenhista, jornalista, dramaturgo e escritor Millôr Fernandes em outubro de 1970
O desenhista, jornalista, dramaturgo e escritor Millôr Fernandes em outubro de 1970

CONVALESCENÇA

Em fevereiro do ano passado, Millôr Fernandes sofreu um AVC (acidente vascular cerebral) isquêmico. Em novembro de 2011, ele recebeu alta após uma temporada de quase cinco meses internado na Casa de Saúde São José, em Botafogo, zona sul do Rio.

Millôr deixa dois filhos, Ivan e Paula, frutos de seu relacionamento com Wanda Rubino. Dois de seus irmãos são vivos: Ruth, que mora no Equador, e Hélio, proprietário do jornal "Tribuna da Imprensa".

O escritor, que morreu devido a uma falência múltipla dos órgãos e parada cardíaca, está sendo velado no Cemitério Memorial do Carmo, no Caju, zona portuária do Rio, nesta quinta (29). À tarde, o corpo será cremado.

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