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01/06/2012 - 08h31

Chico César refaz no palco disco que o lançou

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MARCUS PRETO
DE SÃO PAULO

Ninguém --além de, se tanto, 50 frequentadores do underground paulistano-- sabia quem era Chico César quando ele lançou o primeiro disco, "Aos Vivos", em 1995.

"Eu achava que o máximo onde chegaria era ter o público que Itamar Assumpção e Arrigo Barnabé tinham na época: tocar para, vamos dizer, um lado do Sesc Pompeia quase cheio", diz o cantor.

Bastou aquelas músicas baterem nos ouvidos da geral --público, empresários e cantoras-- para que a mágica acontecesse: Chico foi tido, da noite para o dia, como uma espécie de salvador da MPB.

"Percebi que tinha uma visão muito mais elitizada da minha música do que ela realmente era. Eu era popular! Meu público não era o universitário, como eu imaginava --mas o secundarista."

Daniela Mercury, Elba Ramalho e Zizi Possi foram as primeiras a procurá-lo. A baiana gravou "À Primeira Vista"; as outras duas, "Béradêro" --todas de "Aos Vivos".

Marcos Hermes/Divulgação
Chico César durante a gravação de seu DVD "Vivos Agora"
Chico César durante a gravação de seu DVD "Vivos Agora"

E, como uma coisa leva à outra, a ótima repercussão desse trabalho renderia ao cantor o contrato com uma gravadora maior ("Aos Vivos" saiu pela pequena Velas, de Ivan Lins e Vitor Martins), a admiração de Maria Bethânia (que passou a gravar suas músicas com frequência) e a devoção da ainda adolescente Vanessa da Mata (que, anos depois, teria em Chico um de seus padrinhos artísticos).

Também facilitaria a vida de Zeca Baleiro e Rita Ribeiro, colegas para quem seu aval foi de grande importância no começo da carreira.

Todas essas histórias voltam à tona agora, 17 anos depois da primeira edição do álbum, quando chega às lojas o pacote de CD e DVD (a edição em vinil vem em agosto) "Aos Vivos Agora".

O show de lançamento acontece hoje, no Auditório Ibirapuera.

Chico refez, em três shows em setembro passado, todo o repertório do disco de 1995.

Filho de Tetê Espíndola, Dani Black participou de alguns números tocando violão, guitarra e fazendo vocais. No "Aos Vivos" original, esse trabalho ficava a cargo de Lenine e Lanny Gordin.

"Dani eu ajudei a criar. Tetê confiava tanto em mim que, quando saía, me deixava cuidando dele", lembra o cantor, que hoje é secretário de Cultura do Estado da Paraíba. "Ele agora recebe os primeiros reconhecimentos como artista. Está em momento parecido ao que eu vivia naquele 1995."

CHICO CÉSAR
QUANDO: na sexta (1), às 21h
ONDE: Auditório Ibirapuera (av. Pedro Alvares Cabral, s/nº, portão 2)
QUANTO: R$ 20
CLASSIFICAÇÃO: livre

 

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