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01/06/2012 - 09h02

'Branca de Neve e o Caçador' transforma princesa em Joana d'Arc

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RODRIGO RUSSO
DE LONDRES

De protagonista de um conto de fadas do século 19, escrito pelos irmãos Grimm, Branca de Neve está prestes a se transformar em heroína de uma nova franquia de filmes de ação.

A confirmação dessa hipótese só depende de bons resultados de bilheteria para "Branca de Neve e o Caçador", filme que estreia na sexta (1) no país e que deixa de propósito perguntas sem respostas ao final da sessão.

O longa conta, para isso, com dois atores bastante populares por bem-sucedidas franquias anteriores.

Kristen Stewart é Branca de Neve, mas encarnava a vampira Bella durante os filmes da série "Crepúsculo". Chris Hemsworth, o caçador do título, é mais conhecido por encarnar o super-herói Thor, que já rendeu dois longas e participação no recente sucesso "Os Vingadores".

Apenas o diretor é estreante. Rupert Sanders trabalhava antes na área de publicidade, e convenceu os produtores de que era a pessoa certa para o filme depois de apresentar um clipe de cinco minutos sobre como visualizava a adaptação.

Os contratos com os envolvidos já preveem a continuação do projeto, mas a equipe afirma que só se dedicará à sequência do longa se a decisão for unânime.

Divulgação
A atriz Kristen Stewart e o ator Chris Hemsworth em cena do filme "Branca de Neve e o Caçador"
A atriz Kristen Stewart e o ator Chris Hemsworth em cena do filme "Branca de Neve e o Caçador"

Em entrevista, Sanders comparou sua Branca de Neve à imagem de Joana d'Arc, mulher forte, que lidera e inspira o povo durante uma guerra. A sua versão para o conto também envolve o período da Idade Média.

A conversa com a imprensa internacional aconteceu no castelo de Arundel, a duas horas de Londres, embora nenhuma cena do filme tenha sido gravada ali.

Questionado sobre a locação, Sanders argumentou à Folha que Arundel serviu de inspiração para o castelo usado em seu filme, construído em estúdios no Reino Unido.

Mesmo investindo em um filme com cenas de ação e de longas tomadas com paisagens naturais, o diretor preferiu não filmar em 3D.

"Não sou grande fã do 3D, acho que isso funciona só em parques de diversão. Além do mais, a tecnologia restringe o modo de mover a câmera, e eu queria usá-la de forma bem agressiva", explicou ele.

Apesar de o título mencionar apenas Branca de Neve e o caçador, Sanders observa que o filme poderia se chamar "Branca de Neve e a Rainha", esta última interpretada por Charlize Theron.

Para Sanders, tanto a soberana quanto Branca de Neve passaram pelos mesmos sofrimentos, como a morte do pai durante a infância, mas lidaram com isso de maneiras muito diferentes --a rainha se alimenta de corações puros de jovens mulheres para preservar a beleza.

A mais pura delas é Branca de Neve, e os poderes da rainha malvada começam a diminuir quando a garota cresce e foge do castelo em que vivia como prisioneira.

Para trazê-la de volta, a vilã contrata um caçador, oferecendo como recompensa resgatar a vida de sua falecida mulher. O caçador, contudo, muda de ideia e passa a auxiliar Branca de Neve.

Sanders diz que ficou apreensivo ao saber que outra adaptação da história dos Grimm era produzida concomitantemente à sua: "Espelho, Espelho Meu", de Tarsem Singh, com Julia Roberts no papel da rainha.

O alívio de Sanders veio ao assistir a versão de Singh, que não transformou Branca de Neve em heroína de guerra --tampouco em franquia.

 

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