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20/06/2012 - 09h02

Rapper Emicida passa a agenciar novos artistas

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LUCAS NOBILE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"Nóis tá com nossos fenômenos também", brinca Emicida, citando Ronaldo Nazário de Lima. A referência ao ex-craque da seleção brasileira não é fortuita. A partir de agora, o rapper de 26 anos também começa a agenciar a carreira de outros artistas.

Uma das diferenças é que, ao contrário da cria do São Cristóvão de Futebol e Regatas, o moleque da zona norte de São Paulo não vai se aposentar tão cedo. Mas pretende desacelerar o ritmo de shows e turnês.

"Estou há seis anos nesse ritmo. Eu fui pai no meio disso tudo. Não vi minha filha crescer. Estou em evidência há alguns anos. Não tenho mais obrigação de aparecer toda semana em algum lugar", comenta o compositor e cantor, que despontou nas rinhas de MCs em 2006.

Já são três os artistas agenciados pelo Laboratório Fantasma, selo independente de Emicida, mas com a estrutura organizada de empresa. A lista conta com Rael da Rima, Rodrigo Ogi --expoentes do rap nacional-- e a banda Mão de Oito.

"A gente não quer ser um selo de rap. O critério é se identificar com a música. A gente não é um grupo de pessoas que só escuta rap", explica Emicida, que construiu sua carreira baseado na diversidade, ao lado de nomes como NX Zero, Fabiana Cozza, Elza Soares e Otis Trio.

Além de ter nova sede física --na avenida Cruzeiro do Sul, zona norte de São Paulo--, o selo contará com um estúdio na rua Olavo Egídio.

Karime Xavier/Folhapress
O rapper Emicida começa a agenciar a carreira de outros artistas em sua produtora independente
O rapper Emicida começa a agenciar a carreira de outros artistas em sua produtora independente

ALÉM DOS PALCOS

Emicida dá passos além da música. Talvez essa seja a grande sacada de seu selo, que atua também na internet, pelo site laboratoriofantasma.com.

São vendidos discos (a R$ 5) e outros produtos, como bonés, camisetas, bottons, bijuterias, chaveiros e canecas. O selo vende, em média, 1.500 bonés por mês (a R$ 40), movimentando R$ 60 mil.

Formado em design, Emicida já desenhou um dos ícones da marca, o boneco "Cabeça de Fita". Irrequieto, tenta sempre se atualizar e, com frequência, faz estudos de férias.

Há poucos dias, acompanhou as aulas do curso "As Mídias Sociais no Mundo da Moda", na ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing). "Eu chego lá e todo mundo estranha. Depois, volto para cá e divido com as pessoas."

Se hoje o merchandising é utilizado como fator agregado à música, antigamente era bem diferente.

"Você ia à Galeria [do Rock] e, no máximo, tinha uma camiseta do Racionais. E eu nem tinha dinheiro para comprar nada. Os caras me zoavam nas batalhas de "freestyle". Eu ia com uma camisa do Mickey. Os caras são preconceituosos, irmão. Sofri bullying no rap", brinca.

Emicida segue para shows no exterior, enquanto seu selo não para de receber propostas. "As pessoas mandam currículos. Acham que aqui é a 'Fantástica Fábrica de Chocolates', mas o trampo é sério."

 

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