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22/06/2012 - 19h00

Bienal detalha próxima edição enquanto tenta acordo com o MinC

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SILAS MARTÍ
DE SÃO PAULO

Heitor Martins, presidente da Fundação Bienal de São Paulo, vai conseguir pôr de pé a 30ª edição da mostra, que começa em setembro, mesmo com pendências com o Ministério da Cultura e ainda tentando captar R$ 4 milhões de um orçamento total de R$ 22 milhões.

Seu mandato, no entanto, termina neste ano, ameaçando deixar de herança para a próxima gestão um impasse com o governo, que estuda contas rejeitadas de gestões anteriores da fundação. "Essa é uma pendência importante", disse Martins à Folha. "É importante encaminhar essa solução para assegurar a vitalidade da instituição."

Em janeiro deste ano, o MinC bloqueou as contas da Fundação Bienal e chegou a exigir mais tarde que outra instituição se responsabilizasse pela edição deste ano da mostra, elegendo o Museu de Arte Moderna de São Paulo para a função.

Depois de uma manobra jurídica, a Bienal conseguiu o desbloqueio momentâneo dos fundos, dispensando a participação do MAM. Mas o acordo vale só para realizar a 30ª edição e não garante o futuro da instituição.

Segundo a Folha apurou junto a fontes na fundação Bienal, contas que já haviam sido aprovadas estão sujeitas a segunda análise, num pente fino que ainda não terminou. Estão sendo estudadas irregularidades em prestações de contas das gestões de Carlos Bratke, de 1999 a 2002, a e Manoel Francisco Pires da Costa, que ficou sete anos na presidência da instituição --a Justiça calcula um possível rombo de R$ 75 milhões.

Nos bastidores da Bienal, no entanto, o clima é de tranquilidade. Reuniões frequentes entre gestores da Bienal e interlocutores do MinC também têm sido realizadas para acelerar o processo, embora, segundo Martins, não haja "nenhuma previsão ou acordo" em vista com o MinC. "O ministério está sensível à questão", diz Martins. "Estão cientes de que isso precisa ser resolvido em tempo para não comprometer a 31ª Bienal."

Martins, o curador da 30ª Bienal, Luis Pérez-Oramas, e a equipe da mostra apresentaram nesta sexta em São Paulo detalhes dos preparativos do evento. Em seus dois mandatos à frente da Bienal, Martins criou estruturas permanentes de produção, comunicação e programas educativos. Antes de sua gestão, essas equipes eram criadas por ocasião de cada evento e depois desfeitas.

Também foram divulgadas metas do projeto educativo, coordenado por Stela Barbieri, que pretende atender até 1,4 milhão de pessoas até 2016 e tem como meta chegar a 600 mil visitas orientadas ao longo da 30ª Bienal.

 

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