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23/07/2012 - 03h41

Mercado digital caminha a passos lentos no Brasil

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RODRIGO SALEM
DE SÃO PAULO

Enquanto as editoras americanas se esforçam para evoluir e produzir quadrinhos para tablets, no Brasil o processo é inexistente. Não significa que não haja planos --apenas que eles se movem a passo de tartaruga.

"Estamos com várias negociações em andamento, mas precisamos analisar todas com paciência, porque [o que fizermos] terá um grande impacto no mercado", adianta Rodrigo Paiva, gerente editorial e multimídia da Mauricio de Sousa Produções, líder do mercado de quadrinhos no Brasil, com 87% das vendas.

O criador da "Turma da Mônica" conversou com os gigantes Google e Amazon, além do ComiXology.

"Estamos estudando várias possibilidades, mas eles querem impor o modelo de negócio. O valor cultural de nossos personagens é muito alto para seguir apenas o que os outros querem. Tem de ser um negócio justo para todos, sem prejudicar nossos parceiros atuais", afirma Paiva.

Do lado dos super-heróis, maior fatia do bolo nos Estados Unidos, o passo ainda não foi tomado no Brasil. A Panini, dona dos direitos de Marvel e DC no país, aguarda o desenvolvimento do aplicativo Panini Digits, da matriz italiana, lançado há dois meses.

Nele, o leitor pode baixar títulos em quatro idiomas por R$ 2, mas a oferta é pequena.

"Existe a possibilidade [de ofertas em português no futuro], mas depende dos contratos com as editoras. Ainda é um negócio muito novo e precisamos ver como vai ser a curva de vendas", conta Érico R. M. Rosa, gerente de publicações da Panini.

Segundo Rosa, a chegada do digital não preocupa. "Não há uma substituição. O leitor brasileiro tem o perfil de colecionador e o acesso à tecnologia é muito caro no Brasil", fala o gerente.

"As edições digitais acabam ajudando a divulgar as edições físicas."

 

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