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22/08/2012 - 05h54

Joshua Redman descobre o ritmo da África em concertos no Brasil

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RONALDO EVANGELISTA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Revelado no começo dos anos 1990, quando se tornou um dos destaques do jazz norte-americano contemporâneo, o saxofonista Joshua Redman está no Brasil para uma série de shows ao lado da baiana Orkestra Rumpilezz, de Letieres Leite.

Filho do também saxofonista Dewey Redman (1931-2006), que lançou discos nos anos 1970 e 1980 por selos como Impulse e ECM, Joshua, hoje com 43 anos, tocará, acompanhado da orquestra de 14 sopros e cinco percussões, faixas da Rumpilezz e versões de músicas suas.

De um hotel à beira do mar em Salvador, conversou com a Folha sobre a experiência.

Paul Bergen - 6.jul.12/Efe
O americano Joshua Redman
O americano Joshua Redman

*

Folha - Como tem sido conhecer o som da Rumpilezz?
Joshua Redman - A experiência tem sido muito inspiradora. Encontrei o Letieres e ele me levou a um terreiro, do qual fazem parte alguns dos percussionistas da Rumpilezz. Fomos num quarto na parte de cima onde ficam os instrumentos de percussão e todos vieram e tocaram.

Fiquei imerso, no meio de um batuque muito poderoso. Foi divertido, tocante e inspirador.

A formação musical sem piano ou contrabaixo deve ser uma novidade para você.
É muito único ter uma banda onde todos os elementos harmônicos vem dos sopros. E é fantástico para mim perceber o quanto tão plenamente realizado isso é, você ouve as harmonias bem claramente. Letieres tem um conceito maravilhoso e totalmente formado para essa banda. Ele obviamente pensou na forma e trabalhou em todos os detalhes, é uma estética realmente completa.

Um mundo musical único, que Letieres criou dessa tradição musical muito, muito profunda, poderosa e complexa que vem da Bahia, com os ritmos colocados em um vocabulário harmônico mais moderno, que vem do jazz e da música clássica.

A relação da Rumpilezz com a música africana é forte. Você tinha alguma experiência nesse sentido?
É totalmente novo para mim. O mais próximo da música africana que já cheguei. Quando eu era novo, minha mãe me levou a apresentações de música e dança africana, então talvez lá no fundo eu tenha isso em mim.

Mas, de fato, nunca tive uma experiência como essa antes. É tudo muito estimulante e gratificante e um território ainda pouco familiar pra mim, a ser descoberto.

 

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