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29/08/2012 - 05h12

The xx lança esperado 2º disco com amor na veia

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IURI DE CASTRO TÔRRES
DE SÃO PAULO

Os ingleses do trio The xx lançam "Coexist", seu aguardado segundo disco, em 10 de setembro. E, ao contrário do que suas melodias calmas sugerem, estão ansiosos.

"Queremos soltar logo no mundo, estamos sofrendo por antecipação", conta Oliver Sim, baixista e uma das vozes do grupo, ao lado de Romy Madley-Croft e do produtor Jamie Smith.

Sucessor do aclamado álbum de estreia, "xx" (2009), que vendeu mais de 400 mil cópias no Reino Unido e venceu o Mercury, mais importante prêmio musical britânico, "Coexist" é uma evolução natural do som dos garotos.

"Ainda são canções de amor", explica Sim. "Talvez de tipo diferente, não só sobre amores perdidos mas também, por exemplo, sobre o momento em que você se apaixona. E, claro, o que existe entre nós três: o amor e a compreensão da amizade."

Alexandra Waespi/Divulgação
A partir da esquerda, Romy Madley-Croft, Oliver Sim e Jamie Smith, do grupo The xx
A partir da esquerda, Romy Madley-Croft, Oliver Sim e Jamie Smith, do grupo The xx

As letras, diz Oliver Sim, são mais do que um diário --serviram quase como terapia.

"No primeiro álbum, algumas músicas foram escritas quando eu tinha 15 anos, então não tinha muita experiência em amor. Era sobre o que via nos relacionamentos de pessoas ao meu redor, as ideias que tinha sobre como seria quando acontecesse comigo. São minhas observações e expectativas", lembra.

A ideia de união também está no nome do disco. Segundo Sim, a ideia inicial era que o álbum se chamasse "Together" (juntos), mas a palavra "era bonita demais, precisávamos de algo mais duro e honesto sobre como essas coisas podem ser".

"Coexist" (coexistir) foi a definição perfeita. "É como óleo e água, que não se misturam, mas coexistem em perfeita harmonia, inclusive formando belas imagens, como o arco-íris da capa do disco."

INFLUÊNCIAS

Nos quase três anos entre um disco e outro, os músicos viajaram o mundo e ouviram um pouco de tudo. Entre artistas novíssimos, como a canadense Grimes, e antigos, do naipe de Marvin Gaye, foi a cantora Sade que marcou.

"Fomos abduzidos pela música dela", admite Sim. "Ela captura corajosamente emoções muito profundas e devolve de um jeito simples."

O The xx define os anos 1980 como extremamente melancólicos. A definição, curiosamente, é a que mais se usa para descrever o próprio trio. Sim diz que, na verdade, "a música de hoje é introspectiva".

"Pegue o [rapper] Drake, por exemplo, que é uma grande estrela, mas escreve muito músicas íntimas, quase esbarrando no 'emo'", brinca.

Entre letras confessionais e melodias cheias de silêncios, é na amizade que o trio se afina. "Nos conhecemos desde crianças, é como uma relação de irmãos. Nos entendemos muito bem, as coisas nem precisam ser ditas."

É com esse sentimento fraternal que eles vivem as experiências boas, como o convite --que deixou Sim "ansioso"-- para tocar com a Filarmônica da BBC ("Mas não vamos mudar nosso som", adianta), e outras, não tão boas, como o vazamento do novo disco na semana passada.

Sim diz que hoje é inevitável um disco vazar antes do lançamento e afirma que falar contra isso seria hipocrisia --uma vez que os três baixaram muita música ilegalmente na adolescência.

Sim também adianta que a banda já fechou um show solo no Brasil, que deve acontecer até o meio de 2013.

"Lutei capoeira por nove anos e passei um mês no Brasil. Estou louco para voltar. Vai ser mágico", conclui.

 

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