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10/09/2012 - 03h21

Depoimento: Circuito da Bienal fora do pavilhão é hostil à 'magrela'

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MARCOS DÁVILA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Três repórteres, três trajetos, três meios diferentes: carro, transporte público e bicicleta. Na última sexta-feira, primeiro dia da 30ª Bienal para a visitação pública, a Folha visitou os pontos do evento fora do pavilhão do parque Ibirapuera.

De carro: Com a cidade mais vazia, dá para visitar tudo
De transporte coletivo: São necessários dois dias para visitar a Bienal de metrô e ônibus

Aqui, o trio relata suas impressões, das quais duas conclusões sobressaem: mesmo em feriado de sol, é impossível cobrir tudo se não se viaja em automóvel. E, se for ao Masp, vá com tempo para ver também a exposição de Caravaggio, pois a fila é única --e longa.

DE BICICLETA

Oito e vinte da manhã. Sete de Setembro. A magrela acordou cedo e já engatou no subidão da rua Aurélia, na Lapa, até o espigão da Cerro Corá. Um estudo da topografia da região é fundamental para o roteiro de bicicleta.

Pelas ladeiras (abaixo) do Alto de Pinheiros, em poucos minutos chego à praça Panamericana. Como é feriado, a ciclofaixa que atravessa a ponte da Cidade Universitária está aberta (das 7h às 16h).

Do alto da ponte, o rio Pinheiros margeado pela linha do trem e pela ciclovia sugere um futuro possível -na contramão da indústria automobilística.
8h40. Chegada na Casa do Bandeirante, que expõe a obra do artista português Hugo Canoilas. Não há paraciclo, então tranco a bicicleta num poste -ação recorrente no percurso. Sigo com a corrida maluca.

A despeito do "cheiro de ralo", é um alívio rodar pela ciclovia da marginal Pinheiros (aberta das 6h às 18h). Mas tenho a infeliz surpresa de constatar que não há saída na estação Morumbi.
Sou obrigado a retornar duas estações até a Vila Olímpia. Se não há acesso em todas as paradas, a ciclovia se reduz a pista de passeio.

Entro com a bicicleta no trem (é permitido o dia inteiro aos domingos e feriados; e aos sábados após as 14h) e em poucos minutos estou de volta à estação Morumbi.

Atravesso a ponte e enfrento a subida até a Capela do Morumbi. 11h30. A ruidosa instalação sonora de Maryanne Amacher fica suave depois do grito de um motorista de carro que levei na orelha, só para assustar. A vida fora das ciclovias é hostil.

Sigo viagem no trem até a estação da Luz, que abriga uma escultura minimalista da inglesa Charlotte Posenenske. Brincadeira de Lego com peças parecidas a coifas.

Uma hora da tarde. A pedalada até a Faap inclui um passeio pela cracolândia ("site specific" involuntário em permanente estado performático) e um atalho pelo Minhocão (fechado para carros aos domingos e feriados).

Aproveito a ciclofaixa na avenida Paulista (domingos e nos feriados, das 7h às 16h).

Com uma fila de duas horas no Masp, desisto de entra e resta curtir o happening "Independence Day" da Polícia Militar, que chega com derrapadas e armas para revistar um grupo inofensivo de punks. Pego carona no metrô para chegar à Casa Modernista -mas a encontro fechada.

 

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