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19/09/2012 - 06h38

Los Sebosos Postizos lançam CD e vinil em tributo a Jorge Ben Jor

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LUCAS NOBILE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Em um ano de tímidos tributos aos 70 anos de Jorge Ben Jor (comemorados em março), enfim aparece um à altura do homenageado. Ainda que o lançamento não tenha sido planejado para casar com a efeméride.

Projeto antigo de alguns dos integrantes da Nação Zumbi, o Los Sebosos Postizos lança agora disco homônimo, em CD e vinil, com interpretações de sucessos e outras canções menos conhecidas de Ben Jor.

Surgido em 1998 no show chamado "Noite do Ben", o projeto já era bem conhecido de shows e na internet.

Em 2004, o grupo formado por Jorge Du Peixe (voz), Lúcio Maia (guitarra), Dengue (baixo) e Pupillo (bateria) viu o áudio do registro com 20 músicas de um show no Sesc Pompeia se alastrar na rede.

Oito anos depois, eles lançam o disco, com 14 faixas no CD e 11 no vinil. O trabalho foi produzido, gravado e mixado por Mario Caldato Jr.

Pio Figueroa/Divulgação
Os integrantes Pupillo (ao fundo), Dengue (xadrez), Lúcio Maia (boina) e Jorge Du Peixe
Os integrantes Pupillo (ao fundo), Dengue (xadrez), Lúcio Maia (boina) e Jorge Du Peixe

MATURAÇÃO

"Esse tempo serviu para a gente dar uma maturada nas músicas. E acho que esse é o caminho certo de gravar um disco. Você leva para o palco, experimenta as músicas e depois vai para o estúdio", comenta Jorge Du Peixe.

O repertório vai desde 1963, do LP inaugural do compositor, cantor e violonista, "Samba Esquema Novo", até 1972, ano do antológico "A Tábua de Esmeralda".

Deste disco, o Los Sebosos fez arranjos para clássicos como "Minha Teimosia, Uma Arma Pra Te Conquistar", "Os Alquimistas Estão Chegando", "O Homem da Gravata Florida" e "Cinco Minutos".

"Quando a gente foi morar no Rio, começou a fuçar naqueles discos bem arranjados e orquestrados do Ben Jor pela Philips. Não era nada forçado, mas o 'Tábua de Esmeralda' rolava pelo menos uma vez por dia", diz Du Peixe.

O outro álbum que mais "emprestou" canções para o Los Sebosos foi "O Bidú - Silêncio no Brooklin" (1967). Dele, o grupo releu "Vou Andando", "A Jovem Samba", "Frases" e "Toda Colorida".

Do"Samba Esquema Novo", regravaram "Rosa, Menina Rosa", "Quero Esquecer Você" e "A Tamba".

Com participação de Guizado (trompete), Bactéria (teclado), Da Lua (percussão) e Bárbara Eugênia (backing vocal), o grupo ainda pinçou temas de outros três álbuns.

De "Ben É Samba Bom" (1964), a escolhida foi "Descalço no Parque"; de "Força Bruta" (1970), "O Telefone Tocou Novamente"; e de "Big Ben" (1965), o único tema não assinado por Ben Jor, "Lalari - Olalá", do maestro Gaya.

"O Ben Jor esbarrava com a gente em aeroportos e sempre perguntava desse nosso disco. A obra dele era natural e muito sofisticada para a época. Ele traduziu o samba da cabeça dele, foi um transformador da música brasileira", diz Du Peixe.

 

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