Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
19/09/2012 - 06h03

Crítica: Diferenças culturais são atropeladas por química sonora

Publicidade

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Não fossem Egberto Gismonti, o norte-americano Charlie Haden e o norueguês Jan Garbarek os grandes músicos que são, um desavisado poderia até pensar que uma parceria entre artistas de origens e bagagens tão diversas correria o risco de resultar anódina ou estranha.

Álbum do trio Magico, de Egberto Gismonti, é lançado 31 anos após a gravação

No entanto, as 11 faixas do CD duplo "Carta de Amor" provam que, no universo da música improvisada, as sensibilidades dos instrumentistas têm peso bem maior que suas nacionalidades.

O lirismo de composições de Gismonti, como "Palhaço", "Don Quixote", "Branquinho" e a faixa-título, é realçado pelas sonoridades agridoces do sax tenor e do soprano de Garbarek, que também contribui com belas adaptações de canções folclóricas da Escandinávia.

Já o eclético Haden, que se tornou conhecido tocando free jazz com Ornette Coleman, colabora com a singela "All That Is Beautiful" e a provocativa "La Pasionaria" --do repertório da Liberation Music Orchestra, projeto de viés político dos 70 que Haden resgatou em 2005.

Mas, ao final, o que impressiona é mesmo a química sonora, a espontaneidade que marca as performances desse trio, preservada por três décadas nestas gravações tão preciosas. Sorte nossa.

CARTA DE AMOR
ARTISTA Magico
GRAVADORA ECM/Borandá
QUANTO R$ 70, em média (duplo)
AVALIAÇÃO ótimo

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página