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28/09/2012 - 06h46

Crítica: "Ferrugem e Osso" junta crise e violência

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RODRIGO SALEM
ENVIADO ESPECIAL A CANNES

"Ferrugem e Osso" inaugurou no último Festival de Cannes, em maio deste ano, uma tendência com potencial para se tornar filão no cinema: a mistura de violência e crise econômica.
Foi o tema, por exemplo, que levou o sul-coreano "Pietà" a ganhar o Leão de Ouro em Veneza recentemente.

O diretor francês Jacques Audiard não é novato no assunto. Destrinchou a máfia da Córsega em "O Profeta", candidato ao Oscar de filme estrangeiro em 2010, usando um jovem árabe na ascensão do poder em uma prisão.

Em "Ferrugem e Osso", Audiard é menos épico e mais, digamos, romântico.

Adaptando o conto do canadense Craig Davidson, o cineasta francês conta a história de um ex-boxeador (Matthias Schoenaerts, belga candidato a novo galã brutamontes) que precisa brigar em lutas clandestinas para sobreviver após uma lesão.

Há uma mudança radical em relação ao conto: uma personagem feminina que serve para rebaixar a testosterona do filme --em "O Profeta", homens predominam.

No meio de um segundo emprego como leão de chácara, ele conhece uma mulher (Marion Cotillard) com quem se envolve após ela passar por um acidente ainda mais trágico, que envolve baleias assassinas.

Apesar da brutalidade das lutas e do peso psicológico que os personagens carregam, o filme não chega a chocar, como sugeriu parte da imprensa francesa.

Audiard filma as sequências sangrentas com sensibilidade, em câmera lenta, mas exagera nos momentos emocionantes --"Fireworks", de Katy Perry, vira até hino de redenção.

FERRUGEM E OSSO
DIRETOR Jacques Audiard
PRODUÇÃO França/Bélgica, 2012
QUANDO sáb. (29), às 14h e às 19h
ONDE Cine São Luiz (r. do Catete, 311, Rio de Janeiro, tel. 0/xx/21/2557-6681)
CLASSIFICAÇÃO 14 anos

 

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