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29/09/2012 - 04h59

Rei do 'telecatch', Ted Boy Marino sintetiza relíquia de outra era

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ANDRÉ BARCINSKI
CRÍTICO DA FOLHA

Numa época em que a luta da moda é o brutal e sangrento MMA, as velhas disputas da luta livre parecem relíquias de outra era. Uma era em que Ted Boy Marino, que morreu na quinta (27) no Rio, aos 72 anos, reinou absoluto.

Seu nome verdadeiro era Fuscaldo Marina. Nasceu na Calábria e emigrou para a Argentina com a família aos 12 anos, no porão de um navio. Pobre, viveu como engraxate. Nas horas livres, treinava luta livre e halterofilismo.

Ted Boy chegou ao Brasil em 1965, depois de participar de lutas de "telecatch" na Argentina. Com sua pinta de galã de matinê, tornou-se um dos heróis favoritos do público da luta livre no Brasil, enfrentando "malvados" como Verdugo, Aquiles e a Múmia.

Ted Boy virou um astro da TV brasileira quando foi escalado para o humorístico "Os Adoráveis Trapalhões", ainda nos anos 1960.

Reprodução
Ted Boy Marino (à esq.) e Renato Aragão
Ted Boy Marino (à esq.) e Renato Aragão

"Eu não podia nem sair na rua, de tão famoso", disse Ted Boy em entrevista recente.

A carreira de Marino entrou em declínio nos anos 1980, junto com o "telecatch".

"Eu não sei o que há com essa juventude de hoje", afirmou o lutador-artista na mesma entrevista. "Hoje, toda a diversão é violenta, não há mais o bom humor da minha época. A garotada de hoje não sabe mais quem eu sou."

Figura fácil na orla da praia do Leme, onde morava, Ted Boy Marino torcia para o Fluminense e costumava passear por Copacabana.

Uma entrevista com Marino, gravada há seis meses, será reprisada no programa "O Estranho Mundo de Zé do Caixão", do Canal Brasil, na madrugada de sábado (29) para domingo, às 2h.

 

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