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Brasil investirá R$ 20 mi na Feira do Livro de Frankfurt
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CASSIANO ELEK MACHADO
ENVIADO ESPECIAL A FRANKFURT
Diretor da Feira do Livro de Frankfurt, o alemão Jürgen Boos começou sua fala comparando o Brasil a um caleidoscópio, "que cada vez que é contemplado mostra cores e imagens diferentes", e fez um apelo aos presentes: "Não pensem que o Brasil é só samba e Ipanema".
Foi nesse tom, de "esqueçam do país do futebol, caipirinha e carnaval", que um conjunto de diplomatas e dirigentes culturais brasileiros anunciou ontem numa sala em Frankfurt como será a participação nacional na feira do ano que vem, quando o Brasil será o país homenageado.
O projeto terá como mote "Brasil em cada palavra", e custos estimados em US$ 10 milhões (cerca de R$ 20,3 milhões), segundo informações do presidente da Biblioteca Nacional, Galeno Amorim.
Além de um pavilhão de 2.500 m² desenhado por Daniela Thomas e Felipe Tassara, a participação brasileira deve contemplar a ida de mais de 70 escritores à Alemanha, concertos, shows, exposições, ciclos de cinema, de teatro e de dança.
Arne Dedert/Efe | ||
Estande brasileiro na Feira do Livro de Frankfurt |
Ainda que não tenha sido anunciado o nome de nenhum dos escritores que participarão do evento literário, foram apresentadas novidades sobre a programação cultural paralela ao evento.
A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) fará com o pianista Nelson Freire, um "concerto de gala" na Ópera de Frankfurt, na noite do dia 8 de outubro. O mesmo espaço deverá receber ainda dois shows de música popular brasileira.
Os parangolés, bólides e metaesquemas de Hélio Oiticica deverão ocupar o principal espaço de arte moderna de Frankfurt, o Museum für Moderne Kunst, e três obras de grandes dimensões do artista também estarão à mostra no parque Palmengarten.
Grafiteiros brasileiros, ainda não anunciados, terão exposição coletiva em outro museu importante da cidade, o Schirne Kunsthalle, e serão convidados a pintarem espaços públicos de Frankfurt.
Alexandre Wollner, 84, um dos pais do design gráfico moderno brasileiro, deve receber homenagem do Museu de Artes Aplicadas da cidade.
Ainda não há previsão de quando será apresentada a programação literária da delegação brasileira, mas foram anunciados os nomes dos responsáveis pela seleção.
Manuel da Costa Pinto, colaborador da Folha, Maria Antonieta Cunha, uma das diretoras da Biblioteca Nacional, e Antonio Martinelli, do Sesc-SP, farão a curadoria.
Sobre a lista de escritores que o Brasil levará ao evento, o diretor do departamento cultural do Itamaraty, George Firmeza, brincou: "Espero que ela seja recebida com tanto entusiasmo quanto a dos jogadores brasileiros que irão para a Copa".
O jornalista CASSIANO ELEK MACHADO viajou a convite do Goethe-Institut
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