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13/11/2012 - 03h28

Teatro do Oprimido vai à Índia e ao Afeganistão

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DE SÃO PAULO

Foi no exílio em países da América Latina que Boal desenvolveu o que, mais tarde, seria conhecido como Teatro do Oprimido.

Mostra mergulha na interface entre arte e ação política de Boal
Série de leituras e debates em SP recupera a obra de Augusto Boal

Resumidamente: influenciado pelo ideal de Paulo Freire de uma arte produzida pelo (e não para) o oprimido, Boal cria um modelo em que o espectador sugere o tema e cria o espetáculo a partir de experiências pessoais.

A palavra "oprimido" abarca situações sociais diversas. O Movimento dos Sem Terra, por exemplo, tem praticado a metodologia. E, no Oriente Médio, o Teatro do Oprimido busca reverter a condição de mulheres e vítimas de guerra.

Divulgação
Cena de espetáculo de Sanjoy Ganguli, que aplica o Teatro do Oprimido na Índia
Cena de espetáculo de Sanjoy Ganguli, que aplica o Teatro do Oprimido na Índia

O alemão Hjalmar-Jorge Joffre-Eichhorh levou o Teatro do Oprimido para o Afeganistão em 2007. Começou sua pesquisa entre mulheres, jovens viciados e moradores de rua e fundou uma plataforma chamada Afghanistan Human Rights and Democracy Organization, em Kabul.

O foco passou a ser vítimas de guerra, viúvas e grupos de mulheres. "Durante os últimos anos, temos visto resultados na criação de espaços de debate e na promoção dos direitos humanos", diz.

A intenção propor mudanças na legislação a partir das experiências com a obra de Boal. O principal obstáculo a seu trabalho, diz, é "o medo, a falta de confiança mútua e restrições culturais e religiosas do país".

O diretor Sanjoy Ganguli, amigo de Boal que levou o Teatro do Oprimido para a Índia há 20 anos, diz que a obra do brasileiro permite que o espectador "entenda como uma política global repressiva tem influencia direta em sua vida".

"É um método que transforma atores e espectadores em ativistas", diz.

 

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