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22/11/2012 - 03h00

Missy Elliott, a rapper mais bem-sucedida e boca suja de todos os tempos, volta aos palcos

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MAYRA MALDJIAN
DE SÃO PAULO

A rapper Missy "Misdemeanor" Elliott, 41, voltou do mesmo jeito: cheia de marra, com a língua afiada, unhas gigantes, cabelo impecável e corpão voluptuoso: "a real bitch" (uma verdadeira vadia), como se autodefine.

Foram sete anos de hiato, vividos entre os bastidores da cena, na produção de novos artistas, e o tratamento de uma doença autoimune que afetou sua tireoide.

Divulgação
Missy Elliott, uma das principais atrações do festival Back2Black, que começa nesta sexta (23), no Rio
Missy Elliott, uma das principais atrações do festival Back2Black, que começa nesta sexta (23), no Rio

O sumiço, no entanto, deve ser compensado pelo lançamento do aguardado sétimo álbum e pelo retorno aos palcos. Missy se apresenta no Brasil, pela primeira vez, sábado, no festival Back2Black, no Rio.

Editoria de Arte/Folhapress

INVERSÃO DE PAPÉIS

Missy é do Estado de Virgínia, nos EUA, e revolucionou a cena pop dos anos 1990 ao desbancar fórmulas já manjadas com balanço, ousadia e baixarias.

Sempre em parceria com o produtor e amigo Timbaland, ela é autora de hits que viraram de ponta cabeça o hip-hop, deixando os marmanjos do gangsta rap (cujas letras tratam de crime, grana e mulheres) desconcertados.

Negra de corpo curvilíneo e visual escandaloso, ela se apropriou de termos do universo masculino do rap, como o sempre polêmico "bitch" (vadia), e inverteu os papéis de dominação de forma original. "Aquilo era o meu mundo", explica.

Músicas como "The Rain" (do disco "Supa Dupa Fly", de 1997), "She's a Bitch" (1999) e "Work It" (2002) abriram caminho para outras garotas tratarem de sexo de forma despudorada, obscena.

Há um pouco da atitude e das letras de Missy em novatas como Nicki Minaj e Azealia Banks, em veteranas como Lil'Kim e até nas cachorras do funk carioca, como Deize Tigrona.

"Eu e Timbaland entramos na indústria sem pressão, sem ligar para opiniões. Podíamos ser livres", lembra.

"Agora estamos mais exigentes. Ele diz: 'Você poderia rimar melhor'. E digo: 'Eu não gosto desse beat'", conta.

A VOLTA DA 'BITCH'

Vencedora de cinco prêmios Grammy, Missy quebrou o silêncio em setembro passado, quando apresentou as músicas inéditas "9th Inning" e "Triple Threat".

"São duas músicas que Tim e eu decidimos soltar para as pessoas saberem o que está vindo por aí", disse à Folha.

As duas faixas devem entrar no novo disco, "Block Party" ou "Class in Session" ("ainda não decidi o nome").

Antes previsto para 2008, o álbum está quase desencantando. "Mas ainda não vou cravar uma data, não quero que os fãs fiquem bravos!", despista, às gargalhadas.

Não espere por uma nova revolução de Missy "Misdemeanor" Elliott. Apesar de saber o que faz tremer as pistas hoje em dia, o seu próximo trabalho, segundo ela, está alinhado ao "som típico e único de Missy e Tim".

Mas isso também pode ser uma pegadinha. "Você sabe, sempre que eu e Tim nos encontramos sai um monte de coisa estranha!", diz, revelando que os rappers Ludacris e Busta Rhymes estão entre os colaboradores do álbum.

 

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