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25/11/2012 - 05h34

Dexter nunca se dirá arrependido, acha protagonista da série

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ISABELLE MOREIRA LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM LOS ANGELES

Dexter está à beira do precipício. E é isso o que Mi chael C. Hall, ator que dá vida ao serial killer especializado em exterminar outros assassinos, mais gosta na sétima e penúltima temporada da série, que está no ar nos EUA e deve estrear no começo de 2013 no Brasil.

"O que mais me surpreendeu e animou foi o quão ferrado ele está --está sempre em apuros. É estressante para o personagem, mas é animador para mim como ator", afirma.

A sexta temporada, última a que o público brasileiro assistiu, termina com a irmã adotiva de Dexter e agora sua chefe, Debra Morgan, testemunhando um assassinato cometido pelo protagonista.

No começo da sétima, ela junta as peças e chega à conclusão de que o irmão é um serial killer, o que ele confirma.

"Negociar a descoberta é a maior questão da temporada, aquilo em que o personagem vai se concentrar", diz Hall. "Mas nós nunca vamos vê-lo em um tribunal se defendendo, ele nunca se dirá arrependido. Ele vai na linha: 'Se você pensar bastante, vai acabar se identificando comigo'."

Quase como se estivesse vivendo uma "crise dos sete anos" ao contrário, a série estreou esta temporada com 2,4 milhões de espectadores, a melhor marca de uma première do programa.
O ator conta que uma conversa com o escritor Kevin Dutton, autor de "The Wisdom of Psychopaths" (a sabedoria dos psicopatas, em inglês), deu a ele novo ânimo para encarnar o personagem.

"Falamos sobre características que fazem parte do perfil do psicopata, como um incrível poder de foco, de distanciamento, falamos até sobre cirurgia cerebral, e tudo isso me fez reconsiderar Dexter rumo à última temporada."

Divulgação
O ator Michael C. Hall da série "Dexter"
O ator Michael C. Hall da série "Dexter"

SEMPRE MÓRBIDO

O serial killer surgiu na vida do ator imediatamente após o fim de "A Sete Palmos", série em que viveu outro personagem marcante --David, administrador funerária da família Fisher.

"Naquela época, me perguntava se as pessoas me imaginariam de outro jeito. Hoje, continuam me vendo rodeado de corpos", brinca.

Foi durante a série que conheceu Jennifer Carpenter, que interpreta Debra. Eles se casaram em 2008 e se separaram no ano passado. "A nossa relação pessoal foi marcada pela profissional desde o início. Atravessamos juntos uma jornada pessoal e tanto, mas elementos da nossa amizade se mantêm."

Parte dessa jornada pessoal diz respeito a um câncer em 2010. O ator foi diagnosticado com um linfoma de Hodgkin, que se origina nos gânglios do sistema linfático.

"Tive muita sorte de ter descoberto no início. Estava em um hiato do trabalho e tive o luxo de realmente me dedicar ao meu tratamento, tinha um bom plano de saúde, e isso fez com que as coisas fossem muito mais fáceis."

E o destino de Dexter? "Acho que ele deveria ganhar uma medalha e apanhar até a morte no final", diz, rindo, para logo se contradizer.

"Na verdade, nenhum dos dois. Há muitas formas de punição e, muitas vezes, ela não vem de um modo tradicional. Talvez Dexter finalmente entenda que suas ações afetaram mais gente do que as de suas vítimas."

 

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