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19/12/2012 - 18h07

Toquei para Gonzaga sem saber quem ele era, diz Dominguinhos

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LUCAS NOBILE
DE SÃO PAULO

No ano de centenário de nascimento de Luiz Gonzaga (a data foi comemorada no último dia 13), mais uma celebração ao rei do baião chega ao público. Após tantos nomes prestarem seus tributos a Gonzagão em 2012, quem rende as homenagens agora é um dos discípulos mais notórios do sanfoneiro, Dominguinhos.

No documentário "Dominguinhos Canta e Conta Gonzaga", dirigido por Wagner Malagrine e Maurício Machado, o sanfoneiro narra toda sua relação com a obra de seu mentor musical, desde sua infância, em Garanhuns (PE).

"Ali na porta do Tavares Correia [hotel em Garanhuns, em Pernambuco] a gente tocava sempre. Um dia nos botaram pra tocar dentro do Tavares Correia. Tinha uma pessoa lá, um cidadão e exatamente era o Luiz Gonzaga. Só que eu com 8, 9 anos não sabia quem era Luiz Gonzaga nem artista nenhum", conta Dominguinhos em trecho do filme.

Depois de ser exibido na TV, o filme está disponível, na íntegra, apenas na internet e tem previsão para ser lançado em DVD no próximo ano.

Veja o filme na íntegra

"Levaram a gente para tocar para algumas pessoas e um deles era Gonzaga. Aí ele deu o endereço dele, deu um bolo de dinheiro, que eu não sei até hoje quanto foi, sei que meu pai gastou por um bom tempo, viu? Ele demorava pra tocar em uma festa, às vezes passava meses sem tocar em lugar nenhum. [...] Meu pai se cansou e disse que ia procurar Gonzaga no Rio de Janeiro", recorda.

Ao longo de cerca de 1h30, Dominguinhos relata histórias como a viagem de mais de 11 horas em um pau de arara de Pernambuco para o Rio, do contato estreito com Gonzagão e do desenvolvimento de sua carreira.

"Gonzaga nos recebeu no bairro Maria das Graças, que é um bairro do Méier, onde ele morava. E a conversa foi muito breve com meu pai. Ele foi logo no quarto, trouxe uma sanfona de 80 baixos e entregou para meu pai. Era uma sanfona vermelhinha com dois registros, e meu pai recebeu aquela sanfona muito feliz. E desse primeiro encontro com Gonzaga nasceu minha amizade com ele. E no outro dia eu voltei, no outro dia e no outro dia, e não saí mais de lá", diz o sanfoneiro.

Além dos depoimentos, Dominguinhos também interpreta diversos temas de Gonzaga, como "Numa Sala de Reboco", composta em 1964, em apresentação ao vivo no Canto da Ema, casa de shows no bairro de Pinheiros, em São Paulo.

 

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