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07/02/2013 - 04h08

Festival de Berlim equilibra engajamento com filmes que rompem suas barreiras

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RODRIGO SALEM
ENVIADO ESPECIAL A BERLIM

Na pré-lista dos nove indicados ao Oscar 2013, três filmes estrearam na competição oficial do Festival de Berlim de 2012. O número supera o de Cannes, que emplacou dois longas que disputavam a Palma de Ouro --sem contar o chileno "No", que fez parte da Quinzena dos Realizadores, mostra paralela do evento francês.

A importância da Berlinale continua inabalável em sua 63ª edição, que começa nesta quinta-feira (7) e vai até o dia 17.

É um festival conhecido por sua diversidade de temas e engajamento social. No entanto, a direção de Dieter Kosslick está conseguindo unir o útil (poder de mudança) ao agradável (filmes que podem ultrapassar as barreiras do festival).

Hannibal Hanschke/Efe
Frequentadores no saguão do prédio central do festival
Frequentadores no saguão do prédio central do festival

Não por acaso, Kosslick chamou o chinês Wong Kar-Wai para presidir o júri da mostra competitiva. Assim, convenceu o cineasta a estrear no festival "The Grandmaster", longa sobre o mestre de Bruce Lee no Ocidente.

A costumeira invasão americana tem um perfil diferente neste ano. Gus Van Sant ("Promised Land") e David Gordon Green ("Prince Avalanche") já tiveram seus filmes exibidos. O primeiro estreou nos EUA com péssima recepção e o segundo teve uma acolhida morna no Festival Sundance, em janeiro.

É difícil crer que Steven Soderbergh ("Terapia de Risco") possa levar o Urso de Ouro por um thriller sobre o perigo das drogas legais. O mesmo vale para "The Necessary Death of Charlie Countryman", do iniciante Fredrik Bond.

Mas a Berlinale 2013 abrange um bom número de filmografias. Exibe mais um filme do prolífico sul-coreano Hong Sang-soo ("Nobody's Daughter Haewon"), reforça a ascensão do cinema romeno ("Child's Pose") e mostra que o Chile é o país da moda com "Gloria", de Sebastián Lelio, único latino-americano na competição oficial.

Além disso, mantém a França como a grande produtora europeia de filmes, com seis produções entre as 19 escolhidas pela organização. Entre eles, "Camille Claudel 1915", com Juliette Binoche, e "Elle s'en va", protagonizado por Catherine Deneuve.

Fora da disputa pelo Urso de Ouro, o festival ainda traz novos filmes de diretores consagrados como Giuseppe Tornatore ("La Migliore Offerta") e Michael Winterbottom ("The Look of Love").

NACIONAIS

O principal representante do Brasil será "Você Nunca Disse Eu Te Amo", de Bruno Barreto, que mudou o título "Flores Raras" poucos dias antes da exibição no festival.

O drama fará parte da mostra paralela Panorama, que traz filmes com aspecto menos comercial e com temas mais diversificados.

O país está também à frente do novo filme do cultuado diretor e roteirista Noah Baumbach, que também será exibido na Panorama. "Frances Ha" foi inteiramente financiado pela RT Features, produtora brasileira.

Na seção Generation, para o público mais jovem, o Brasil compete com dois curtas: "O Pacote", de Rafael Aidar, e "O Caminhão do Meu Pai", de Maurício Osaki.

 

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