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10/03/2013 - 07h08

Estrangeiros vão representar o Brasil na próxima Bienal de Arte de Veneza

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FABIO CYPRIANO
CRÍTICO DA FOLHA

Pela primeira vez, estrangeiros que nunca viveram no Brasil representarão o país na 55ª edição da Bienal de Arte de Veneza, na Itália, que deve ser aberta ao público no dia 1º de junho.

Além do gaúcho Hélio Fervenza e do paranaense Odires Mlászho, haverá um grupo que representará com suas obras um viés mais histórico, composto por Lygia Clark (brasileira), o italiano Bruno Munari e o suíço Max Bill.

Segundo o curador venezuelano Luis Pérez-Oramas, a introdução de estrangeiros faz parte de um "pensamento constelar".

A tal ideia, de acordo com ele, teve início no ano passado com a 30ª Bienal de São Paulo, "A Iminência das Poéticas", mostra que Oramas também curou.

"O pensamento constelar também tem uma dimensão política, que é a necessidade do diálogo. Por isso, é importante exibir artistas contemporâneos com outros de distintas gerações e nacionalidades", disse ele por telefone à Folha, de Nova York, onde vive.

As obras do ramo "históricos" estiveram expostas recentemente no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, como parte da mostra de Bruno Munari.

Simon Plestenjak/Folhapress
Luis Pérez-Oramas, curador da 30ª Bienal de Artes de São Paulo, que indicou os artistas representantes do Brasil
O venezuelano Luis Pérez-Oramas, curador da 30ª Bienal de Artes de São Paulo, que indicou os artistas representantes do Brasil

ESTRANGEIROS

A bienal italiana, a primeira do gênero, nasceu em 1895, mas o Brasil passou a enviar seus representantes só em 1950. Apesar de ser a primeira vez que artistas de outras nacionalidades representam o Brasil, a prática não é incomum no meio.

A Alemanha, por exemplo, será representada neste ano por três estrangeiros entre seus quatro selecionados. Dos quais o mais luminoso é o chinês Ai Weiwei.

O núcleo histórico escolhido por Oramas é composto por obras que influenciaram a arte brasileira, como "Unidade Tripartida", de Max Bill, que venceu a 1ª Bienal de São Paulo, em 1951, e estimulou a arte concreta no país.

"Essas obras representam uma introdução arqueológica aos trabalhos de Fervenza e Mlászho, que são, de fato o núcleo central da exposição", explica o curador.

CUSTOS

Apesar de indicados pela Fundação Bienal, os brasileiros serão financiados pela Funarte, órgão vinculado ao Ministério da Cultura. Ainda não há valor estimado para o custo do pavilhão.

Oramas ainda aponta que sua seleção promove "diálogos institucionais", já que "a exposição terá obras da Galeria Nacional de Roma, do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo e da família Clark ".

O curador, aliás, prepara uma retrospectiva sobre a artista brasileira para o Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA), em 2014, que também será exibida no Centro Pompidou, em Paris.

 

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