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18/03/2013 - 03h12

Colcci chega à SPFW com sucesso de mercado e crítica

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VIVIAN WHITEMAN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Ex-patinho feio da São Paulo Fashion Week, a Colcci chega a esta edição do evento como cisne dos ovos de ouro da moda brasileira.

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São 102 franquias no Brasil, nove no exterior e vendas em 31 países. E a grife coleciona outra conquista: vem ganhando o apoio da mídia especializada no quesito estilo.

"A Colcci sempre teve muita atenção com seu estilo e produto e hoje chegou a um conceito equilibrado", diz Alexandre Menegotti, chefe da grife e do grupo AMC.

Não é o que os críticos acham. Na última temporada, a marca, que atualmente tem coleções assinadas por Jeziel Moraes e Adriana Zucco, recebeu sua primeira onda de avaliações positivas.

Editoria de Arte/Folhapress

Em anos anteriores, as coleções foram bastante malhadas, e o comentário geral era que a marca usava grandes estrelas, como Gisele Bündchen e Ashton Kutcher, para ofuscar a falta de brilho criativo das roupas.

Menegotti sempre deixou claro, no entanto, que cada passo da Colcci era parte de um plano. A marca, apesar de fazer roupas em massa, é avaliada pelos consumidores como fornecedora de produtos sofisticados. "Nossa preocupação vai além de um desfile acertado para a imprensa, a SPFW é um dos canais de conversão e informação para nossos clientes."

O empresário não dá números, mas diz que dentro do grupo só se fala em crescimento. Segundo ele, no segmento jeanswear, a Colcci vem ampliando terreno, mesmo com as oscilações do mercado. "Não falamos sobre valores, por posicionamento estratégico, mas nossas projeções para 2013 são de crescimento", diz.

Segundo dados do Pyxis Consumo, ferramenta do Ibope Inteligência, em 2013 a classe C deve comprar R$ 52 bilhões, e a classe B, R$ 51 bilhões, de um total de R$ 129 bilhões, 18% a mais do que no ano passado.

A classe A deve representar 12%, com potencial de consumo de R$ 15 bilhões, contra R$ 13 bilhões em 2012.

As projeções favorecem negócios como os da Colcci, que crescem entre as classes B e C. Para conquistar a classe A, que vem recebendo cada vez mais oferta de produtos importados de grandes maisons, a concorrência é mais complicada.

"A entrada das marcas internacionais realmente mexeu com o mercado. Só que nos preparamos com antecedência. Ser moda é inovar, não só no estilo, mas em estratégias comerciais, porque diariamente o varejo muda, o público muda", analisa.

Uma coisa que não tem mudado é o desejo do público da Colcci por celebridades.

A escolha dos novos rostos da grife passa por pesquisas internas. As moças querem modelos internacionais mostrando as roupas que comprarão. Os moços, galãs das telas. O casal ideal. Estima-se que Paul Walker, astro de "Velozes e Furiosos", tenha recebido entre R$ 400 mil e R$ 500 mil para desfilar.

A Folha apurou com um dos compradores que o clima é de desfile e festa. Cenário, música alta, modelos, champanhe. Há um esquema de "compra no escuro" (sem o preço, a conta vem depois). Jornalistas e críticos estão fora do formato. Trata-se de uma espécie de clubinho secreto. Estilo Hollywood.

 

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