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21/03/2013 - 20h01

Tecnologia e criatividade transformam visita a museu nos Estados Unidos

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FRED A. BERNSTEIN
DO "NEW YORK TIMES"

"Cada museu está procurando por este 'Santo Graal', a mistura de tecnologia e arte", disse David Franklin, diretor do Museu de Arte de Cleveland, em Ohio, durante uma visita a uma galeria no andar térreo, na qual uma tela sensível ao toque oferece nova maneiras de se perceber pinturas e esculturas. Nas últimas semanas, ele conduzia delegações de museus rivais pelos corredores da instituição, e agora espera ser "plagiado, imitado e copiado".

"No mundo dos museus, todos estão com os olhos voltados para Cleveland", disse Erin Coburn, uma consultora de instituições artísticas, que já trabalhou no J. Paul Getty Museum, de Los Angeles, e no Metropolitan Museum of Art, de Nova York. Ainda que outros museus tenham feito experiências com tecnologia interativa, o que vem sendo feito em Cleveland não tem precedentes, disse ela. "Eles criaram um padrão para os outros museus seguirem."

Durante a visita, David Franklin fica de pé, em frente a maior tela sensível ao toque dos Estados Unidos, com 12 metros de largura, que exibe imagens de todas as 3.000 obras de arte em exposição no museu. Quando um visitante toca na tela, a imagem é expandida e são mostrados objetos de arte do mesmo tema. Ao tocar em um ícone da tela, o visitante pode, ainda, transferir imagens daquele objeto de arte para o seu iPad --que pode alugar no museu por cerca de US$ 5 por dia--, criando uma lista de obras favoritas.

A partir dessa lista, o usuário pode fazer uma visita personalizada pelo museu, que pode compartilhar com outros visitantes. Até o momento, mais de 200 visitantes já fizeram seus passeios particulares.

Com o aplicativo, o usuário pode acessar informações de apoio sobre as obras do museu. "Ninguém mais precisa andar pelos corredores segurando o catálogo da exposição, se quiser entender o que está vendo", disse Franklin. Em alguns casos, o aplicativo disponibiliza a imagem de uma tapeçaria, por exemplo, instalada em um ambiente relacionado à obra, dando uma ideia mais completa do que se o objeto simplesmente estivesse pendurado em uma das paredes do museu.

Quando Franklin, então curador da National Gallery, do Canadá, foi convidado para dirigir o museu de Cleveland, em 2010, o projeto inicial de expansão, desenvolvido pelo arquiteto Rafael Viñoly para a chamada Galeria One, era estimado em US$ 350 milhões.

Na época, houve uma preocupação de que que os visitantes optassem por ter acesso às obras de arte sem ter que sair de casa --og que poderia comprometer a receita do museu. Por isso, Franklin optou por não fazer parte do Google Art Project, aplicativo que oferece imagens em alta definição de importantes objetos de arte on-line.

Agora, com a Galeria One funcionando a pleno vapor, o museu tem planos de introduzir aplicativos para Android e estuda outras inovações digitais.

Veja vídeo

 

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