Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
26/03/2013 - 03h06

Gil compara gostar de Sartre a gostar de Lula

Publicidade

MARCELO BORTOLOTI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O ciclo de debates batizado de Sartre Night, que Annie Cohen-Solal promove em junho na França, terá pesquisadores, filósofos e artistas de todo o mundo, incluindo o brasileiro Gilberto Gil.

Para biógrafa de Sartre, filósofo volta a ser debatido por intelectuais franceses
Passagem de Sartre pelo Brasil teve muita imprensa e pouca filosofia

A organizadora descobriu o interesse do músico por Sartre nos anos 1980, quando o viu declamar em um show trechos de "Diário de uma Guerra Estranha".

Gil leu poucos livros do filósofo --cita "A Náusea", "O Ser e o Nada" e "As Palavras"--, mas pretende deixar uma mensagem de apreço ao autor, cuja obra, diz, acabou contaminada por um julgamento político.

Zélia Gattai/Fundação Casa de Jorge Amado
Jean-Paul Sartre em Ouro Preto (MG), em 1960, fotografado pela escritora Zélia Gattai
Jean-Paul Sartre em Ouro Preto (MG), em 1960, fotografado pela escritora Zélia Gattai

"Sartre chegou a posturas radicais por lealdade a seu existencialismo. E isso eu admiro nele, um homem que se perde ou que é levado ao erro no sentido histórico por causa de sua lealdade", diz.

Gil foi apresentado à obra do filósofo por Caetano Veloso e Waly Salomão, numa época em que o núcleo do cinema e da música brasileira estava influenciado pelo existencialismo.

Para ele, Sartre teve o mérito de difundir pelo mundo conceitos filosóficos de Martin Heidegger (1889-1976).

Além disso, comprometeu-se com a modernização dos hábitos pessoais e familiares.

"Gosto de Sartre por essas questões mais profundas. É como gostar de Lula independente de como ele leva seu fazer político", afirma.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página