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31/03/2013 - 03h34

Filho de Baden Powell guarda 40 músicas inéditas e prepara livro sobre o pai

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DO ENVIADO ESPECIAL AO RIO

Anos depois que Baden Powell morreu, em 2000, o filho mais velho do violonista, o pianista Phillipe Baden Powell decidiu "matar as saudades" do pai e vasculhar o armário da casa de Itanhangá, onde estava tudo o que o compositor havia deixado.

Acervo de Baden Powell será preservado pelo Instituto Moreira Salles

Em 2009, por uma recomendação feita por Baden, Phillipe contou com a ajuda do violonista e arranjador Mario Adnet, com quem lançou o disco "Afrosambajazz".

O álbum, com temas escritos para uma formação de big band, trazia releituras de clássicos como "Berimbau" e "Canto de Ossanha" e algumas inéditas.

Reprodução
O violonista Baden Powell, em foto de 1968
O violonista Baden Powell, em foto de 1968

Hoje, o pianista, que mora em Paris, guarda com ele cerca de 40 composições de Baden nunca lançadas.

A intenção é de publicar algumas em um livro e de também fazer um segundo volume de "Afrosambajazz", novamente com Adnet.

"Ainda tem pano pra manga. Tem muita coisa que papai deixou sem título, só com o nome de 'Tema nº1', 'Tema nº2'... Ele deixou só a melodia anotada, eu tenho de fazer a harmonia. Devo consultar o Mauricio Carrilho. Ainda vou mexer nesses manuscritos em breve", diz Phillipe.

NOVAS GRAVAÇÕES

Sobre os temas instrumentais, ele cita que gostaria de tê-los gravados por nomes como o bandolinista Hamilton de Holanda e o violonista Yamandu Costa.

O que tiver "cara de canção, que pedir versos", ele deve entregar a parceiros que tiveram afinidade com Baden, como Paulo César Pinheiro.

Em relação ao livro, que deverá se chamar "Falando de Música com Baden Powell", Phillipe diz ter feito um acordo com a Prefeitura do Rio para que ele seja distribuído nas escolas públicas municipais.

Para projetos futuros, "Os Afro-Sambas", álbum antológico de Baden com Vinicius de Moraes, lançado em 1966, inevitavelmente está na alça de mira de Phillipe.

Para 2016, quando o disco completa 50 anos, o pianista pretende render tributo ao LP com alguma programação especial ainda não definida.

"Encontrei um bilhete que papai escreveu para o Claudio Santoro em que ele dizia que gostaria que 'Os Afro-Sambas' um dia virassem um balé. Eu nunca tinha ouvido falar desse desejo dele", comenta Phillipe.

O filho agora pretende entrar em contato com companhias de dança brasileiras na tentativa de conceber e executar o espetáculo. (LN)

 

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