Atraso, samba e tributo a Sabotage marcam show de Rappin Hood na Virada
Nem o atraso de quase duas horas, causado pela dificuldade de acesso ao palco, espantou os fãs de Rapin Hood, que lotaram a área próxima ao palco da República para ver o show do novo disco do rapper, lançado depois de oito anos afastado dos estúdios.
"Tudo o que o Rappin Hood faz eu procuro ver. Vim de Pirituba com a minha família inteira: meu marido, meu filho, minha nora e até o meu netinho", disse a servidora pública Maria Aparecida Pereira, 53, apresentando a nora, grávida.
Com sucessos antigos e músicas do novo trabalho, o repertório foi do rap ao samba, com elementos de MPB --como trecho de "Odara", de Caetano Veloso, em uma das canções-- pela qual o artista paulistano é conhecido.
A apresentação se encerrou com vídeo em homenagem ao rapper Sabotage, morto em 2003. "O Sabotage foi um dos maiores rimadores que eu já conheci", disse Rappin Hood, durante o vídeo. "O neguinho faz muita falta até hoje."
Adão Oliveira, 58, que trabalha em uma cooperativa de reciclagem e é militante do MMU ( Movimento Negro Unificado), disse ter lembrado de um show com os dois rappers em 2002. "Sabotage trouxe algumas crianças de rua que estavam no público para o palco. Ele era um exemplo para brancos e negros."
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