Crítica: Roteiro de 'Star Trek' é gororoba para preencher espaços entre explosões
Em tempos remotos, numa galáxia não tão distante chamada Hollywood, viviam seres cheios de criatividade e boas ideias: os roteiristas.
Hoje, esse povo foi substituído por androides, cuja noção de narrativa se resume a empilhar personagens caricatos em cenas com explosões e usar efeitos especiais e 3D para anestesiar plateias.
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"Além da Escuridão - Star Trek", de J.J. Abrams, deve ter batido algum recorde intergaláctico de contagens regressivas: cada vez que o roteiro estacionava em uma cena, os roteiristas --três!-- inventavam uma bomba-relógio ou algum dispositivo que ameaçava destruir o universo.
Fora a mania de "explicar" a periculosidade: "Se não desligarmos a rebimboca da parafuseta em cinco segundos, o Accelerator Tabajara vai liberar feixes de radiação rocambólica destruidora!"
OK, é só diversão. Mas, por US$ 180 milhões, seria demais pedir uma história minimamente divertida e não essa gororoba que preencher tempo entre as explosões?
Hollywood chegou audaciosamente a um lugar onde nenhum homem jamais esteve: onde a qualidade não importa, se você tem efeitos especiais e 500 mil salas para lançar um filme.
ALÉM DA ESCURIDÃO - STAR TREK
AVALIAÇÃO ruim
Livraria da Folha
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