Escritora russa diz estar sendo investigada por propaganda gay
A escritora russa Ludmila Ulitskaya disse à rede de comunicação britânica BBC que um livro que ajudou a publicar foi classificado como "propaganda gay" pelo governo russo, que estaria agora investigando os envolvidos na publicação.
As autoridades russas negaram as alegações.
Ulitskaya, uma das mais importantes autoras russas da atualidade, está colaborando em uma série de livros para adolescentes.
Em um dos volumes, "A Família em Nosso e em Outros Países", de Vera Timenchik, há um trecho dizendo que "em outros lugares do mundo existem também famílias homossexuais".
Segundo Ulitskaya, Timenchik foi convocada para prestar esclarecimentos às autoridades.
"Ela me disse que eles queriam falar também comigo", disse Ulitskaya, que até a semana passada estava fora de seu país.
"Ulitskaya não foi intimada e não há investigação em curso", afirmou em nota o Comitê de Investigações da Rússia, uma espécie de FBI local.
A escritora assinou uma carta aberta com mais de 200 escritores de diversos países criticando as leis russas contra propaganda gay.
Assinada por autores como Gunter Grass, Salman Rushdie e Jonathan Franzen, a carta foi publicada na semana passada no jornal britânico "The Guardian".
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