Sem desfile, Osklen apresenta coleção e justificativas em showroom da marca
O diretor criativo da Osklen, Oskar Metsavaht, ora justificava a escolha de não fazer um desfile, questionando o modelo tradicional de apresentação das criações, ora apresentava justificativas práticas pelas quais o desfile não foi possível, como tempo (a Osklen desfila em Nova York em setembro e fará um desfile de moda praia no Rio este mês), e percalços como o roubo de algumas caixas contendo peças importantes da coleção.
Metsavaht falou sobre a coleção —inspirada e feita em parceria com o Inhotim— e sobre a exposição que pretende lançar em agosto, em São Paulo, com fotos e um documentário sobre a experiência de sua equipe no museu. Tanto as roupas quanto as fotos e o documentário foram criados dentro do Inhotim, em um ateliê montado junto à galeria de Hélio Oiticica.
A inspiração do museu surge em tramas que lembram telas e nas estampas de palmeiras (Inhotim é também um parque botânico com uma das maiores coleções de palmeiras do mundo).
"A moda estava na moda há cinco anos atrás e já não está, como todos aqui sabemos", diz Metsavaht, encarando os jornalistas aglutinados em seu showroom, "ela está perdendo espaço para outras formas de expressão, como a arte e a arquitetura".
O tema da nova coleção da Osklen é "Inhotim: natureza, arte e arquitetura". Pelo visto a Osklen é uma marca que está disposta a virar as costas para a moda (como indica a ausência de desfile) e se voltar para essas outras formas de expressão que ela acredita estarem em alta.
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