Crítica: Longa 'A Caça' mostra caso semelhante ao da Escola Base
"A Caça" (TC Cult, 22h; 14 anos) não me impressionou muito no cinema: uma implicância, é provável, com o hábito de Thomas Vinterberg de buscar temas extremos.
No caso, a história de um professor numa aldeia dinamarquesa acusado de molestar uma menininha. A máquina das instituições começa a agir, em sua cegueira habitual programada. Entre os procedimentos, a indução de crianças a denunciar o professor.
Sabemos disso tudo. Vivemos no Brasil o caso da Escola Base. Foi mais histérico, à brasileira, mas foi a mesma coisa, em linhas gerais.
A demonstração posterior de inocência, aqui, também não liberta o acusado do estigma: esse é o lance que faz de "A Caça" um filme a reter: a sociedade existe para condenar; precisa de vítimas assim, como vampiros de sangue. De fato, Vinterberg não é um otimista.
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