Organização da Bienal do Livro estimula compras com Vale-Cultura
A 23ª edição da Bienal Internacional do Livro em São Paulo, que vai até 31 de agosto, foi aberta nesta sexta (22) pela atriz Fernanda Montenegro, com uma leitura, bastante aplaudida, de três sermões do padre Antônio Vieira.
A atriz foi acompanhada de apresentações do Conjunto de Música Antiga da Universidade de São Paulo.
Depois da apresentação, Karine Pansa, presidente da Câmara Brasileira do Livro, que organiza a feira, discursou. "Amantes da leitura irão se surpreender com a cara desta Bienal", disse, em referência ao lema da bienal deste ano, "tudo junto e misturado". Com orçamento de R$ 34 milhões, o evento prevê mais de 400 atividades, como debates, peças, filmes e shows.
Segundo Pansa, há mais de 2.000 escolas inscritas para levarem, como passeio, o equivalente a 120 mil alunos à Bienal. A expectativa de público total é de 700 mil pessoas.
A presidente da CBL disse que o Vale-Cultura poderá ser usado na Bienal na compra de livros, em estandes de editoras que aceitarem o cartão, e ingressos. O cartão com R$ 50 mensais é distribuído a trabalhadores por empresas que escolhem aderir ao programa do governo –grandes empresas ganham incentivo fiscal.
Pansa citou dados divulgados pelo Ministério da Cultura que informam que 90% do montante gasto até agora com o cartão foi direcionado a compras de livros, jornais e revistas.
Mais tarde, a ministra da Cultura, Marta Suplicy, corrigiu os dados. Segundo ela, as últimas informações levantadas pelo ministério mostram que o número foi reduzido para 82%. Gastos com cinema aumentaram.
PORTARIA
Durante a cerimônia de abertura, a ministra da Cultura, Marta Suplicy, e o ministro da Educação, Henrique Paim, assinaram uma portaria que designa membros para o conselho diretivo e a coordenação executiva do PNLL (Plano Nacional de Livro e Leitura).
Marta celebrou o acordo e disse que o Ministério da Educação era o "primo rico" da cultura.
Nesta semana, a presidente Dilma Rousseff assinou decreto que oficializa a transferência das políticas de livro e leitura para Brasília, mudança iniciada no ano passado. Desde 2012, eram administradas pela Fundação Biblioteca Nacional, no Rio.
Estavam presentes também na cerimônia de abertura os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP) e Cyro Miranda (PSDB-GO), o secretário estadual da Cultura, Marcelo Mattos Araújo, os deputados Newton Lima (PT-SP) e Mara Gabrilli (PSDB-SP).
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