Masp confirma Adriano Pedrosa como novo curador
Conforme a Folha adiantou nesta quarta (1º), Adriano Pedrosa é o novo diretor artístico do Masp.
A informação foi confirmada pela diretoria do museu em comunicado divulgado no final do dia.
De acordo com a anúncio, Pedrosa será o responsável por definir programação, acervo, programa educativo e publicações do Masp.
"Adriano Pedrosa constituirá uma equipe de curadores que terá o objetivo de assegurar a cobertura adequada das distintas escolas que integram a diversificada coleção do museu", diz a nota.
Assinado pelo novo presidente do Masp, Heitor Martins, o informe agradece ainda o "papel fundamental" de Teixeira Coelho, curador do museu nos últimos sete anos, e acrescenta que ele seguirá colaborando com o museu.
MUDANÇA
A decisão de mudar a curadoria havia sido anunciada pelo novo presidente do museu, o empresário Heitor Martins, como uma das prioridades de sua gestão, que começou no fim de setembro depois de longas negociações.
Num esforço para redefinir a "vocação" do Masp e tornar mais "aberta" sua relação com a sociedade, Martins enxerga na mudança da curadoria um passo fundamental para devolver a credibilidade que o museu vem perdendo.
Na semana que vem, Pedrosa deve apresentar ao conselho do Masp seu plano inicial para a área responsável por definir a programação do museu e seu eixo conceitual.
À diretoria, ele propôs realizar 12 exposições no ano que vem, sendo oito delas com obras do acervo do museu –conjunto de 8.000 peças avaliado em US$ 2 bilhões– e quatro delas mostras temporárias, que deverão ser elaboradas por ele e sua equipe.
Pedrosa despontou no cenário artístico do país nos anos 1990, quando integrou a equipe do curador Paulo Herkenhoff na 24ª Bienal de São Paulo, dedicada a uma reflexão sobre o movimento antropofágico e responsável por alavancar a mostra a um novo patamar internacional.
Ele é responsável por quatro mostras em cartaz no país, todas bem avaliadas pela crítica –as retrospectivas de Leonilson e Rivane Neuenschwander e as coletivas "Artevida" e "Histórias Mestiças".
Também integrou a curadoria da 27ª Bienal de São Paulo, em 2006, e foi um dos curadores-chefes da Bienal de Istambul, em 2011.
Adriano Pedrosa já figurou na lista dos nomes mais poderosos e influentes na cena artística global elaborada a cada ano pela revista britânica "ArtReview", que funciona como espécie de termômetro mundial de tendências.
Sua escolha para chefiar o maior museu da América Latina está em sintonia com os planos da nova direção de devolver o peso institucional perdido pelo Masp. E também sinaliza maior abertura ao resto do mundo, já que a equipe de Pedrosa deverá incluir alguns nomes estrangeiros.
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