Obras de arte apreendidas durante o regime nazista são alvo de disputa
Enquanto Minas Gerais fecha o cerco contra o desvio de imagens sacras e irrita colecionadores, esse tipo de ação é comum no mundo.
No início deste ano, herdeiros do colecionador alemão Oscar Wassermann cobraram do Masp a devolução da tela "O Casamento Desigual", atribuída a um discípulo do pintor flamengo Quentin Matsys e no acervo do museu paulistano há quase 50 anos.
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A tela 'O Casamento Desigual', óleo sobre madeira, do século 15 |
Netos de Wassermann alegam que a tela avaliada em cerca de R$ 70 mil foi vendida, entre outras obras, nos anos 1930 para financiar a fuga da família da Alemanha e que por isso eles teriam direito a uma indenização ou à restituição da obra de arte.
Há dois anos, a apreensão de mais de mil quadros, entre eles peças de Picasso, Monet e Renoir, em posse do colecionador alemão Cornelius Gurlitt, também dominou manchetes ao vir à tona.
Filho de um marchand que comprava obras de "arte degenerada" roubadas por agentes do regime de Hitler, Gurlitt acabou morrendo em maio deste ano e deixou as peças para um museu suíço.
Herdeiros de algumas delas, no entanto, como um Matisse avaliado em US$ 20 milhões, ainda podem disputar a posse da tela na Justiça. Ou seja, a novela não acabou.
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