Crítica: Superprodução bíblica deve perder qualidade na televisão
É véspera de Natal, portanto não há escape: é dia de "O Rei dos Reis" ("King of Kings", 1961, livre, TCM, 18h45), a superprodução de Nicholas Ray em que, já se vê pelo título, é da vida de Jesus que se trata.
Mas estamos também nos domínios do Ray dos Rays, portanto não haveria de ser um Jesus convencional o que veremos em cena. A começar pela escolha do ator, Jeffrey Hunter, há uma aura de juventude na imagem de Jesus que o filme nos restitui.
Divulgação | ||
Cena do filme 'O Rei dos Reis' |
E ele nos restitui também uma época, pois a narrativa começa antes do nascimento de Cristo, e da ocupação romana na Galileia à figura de João Batista, há do sórdido ao sublime bíblico do período.
A questão central, porém, é: gravado em bela tela larga (1:2,20), o filme muito provavelmente entrará em formato convencional de TV. Quer dizer, veremos apenas o centro do filme. E, se tradição existe, em cópia desbotada. Haja fé...
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