Crítica: 'Terra Prometida' não parece filme dirigido por Amos Gitai
"Terra Prometida" ("Promised Land", 2004, 14 anos, TC Touch, 22h) não parece um filme de Amos Gitai. Talvez por isso esteja programado, e num horário decente, num canal Telecine (e que não é o Cult).
Desta vez, o israelense faz um filme de planos preferencialmente longos e seu assunto não são as relações entre Israel e Palestina, e sim o modo de ação dos mafiosos no recrutamento, transporte e distribuição de moças para prostituição.
Sim, é verdade, as garotas serão vendidas no Oriente Médio. Gitai refaz o percurso das moças e da crueldade de que são objeto.
Aliás, é a ideia de objetificação das moças que o filme busca encenar. E basta uma cena para resumir essa ideia: o banho coletivo, de mangueira, a que são submetidas. Existem outras sequências notáveis, mas esta já basta para fixar o principal: o estilo muda para acompanhar a trama.
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