crítica
Caricata e medíocre, sequência inflige suplício a espectador
Os R$ 35 milhões arrecadados por "Meu Passado Me Condena" (2013) –filme derivado da série de TV homônima"" são a única justificativa para essa continuação.
Com uma história frouxa, personagens caricatos, roteiro sem ousadia, piadas estereotipadas e uma direção no piloto automático, o filme afunda na mediocridade.
Depois do casamento e da lua de mel do primeiro filme, a continuação mostra Fábio (Fábio Porchat) e Miá (Miá Mello) no terceiro ano de um casamento, que –é muito fácil prever– caiu na rotina e entrou em crise. Fábio continua um adulto adolescente, imaturo e abobalhado, enquanto Miá se revela controladora, reclamona e ciumenta.
Os dois estão à beira da separação quando acontece uma reviravolta: o telefone toca e Nuno (Antonio Pedro), avô de Fábio, que mora em Portugal, comunica a morte da mulher. Falsamente comovido com a notícia, Fábio decide viajar a Portugal com Miá para tentar uma reconciliação com a mulher.
Hospedados na bucólica quinta do avô, em meio a belas paisagens, Fábio revê Ritinha (a portuguesa Mafalda Pinto), uma antiga namorada, e Alvaro (o português Ricardo Pereira), rival dos tempos de infância. O casal formado por Inez Viana (Suzana) e Marcelo Valle (Wilson), que aparece no primeiro filme, também dá o ar da graça. A dupla tem uma funerária e se dedica a dar golpes.
Uma série de quiproquós envolvendo essa turma acontece, mas é tudo insípido, sem a menor graça, como as constantes piadas machistas e cenas como a queda de cavalo de Miá. Sem qualquer originalidade, o filme inflige um suplício de mais de duas horas ao espectador.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade