Artista chinês Ai Weiwei diz que Grã-Bretanha negou visto de 6 meses
O artista chinês dissidente Ai Weiwei disse nesta quinta-feira (30) que a Grã-Bretanha lhe negou pedido de visto de seis meses e concedeu um outro, com menor duração, dizendo que ele não havia declarado uma "condenação penal".
A negação da concessão de um visto mais longo ocorre três meses antes de o presidente chinês, Xi Jinping, visitar a Grã-Bretanha, e pode alimentar críticas ao governo do primeiro-ministro David Cameron, que é acusado de colocar o comércio à frente dos direitos humanos nas relações com a China.
Reprodução/Instagram/aiww | ||
Visto alemão do artista Ai WeiWei |
Ai nunca foi acusado formalmente ou condenado por um crime. Em 2011, o governo chinês disse que Ai continuava sob investigação por suspeita de crimes econômicos, depois que ele foi libertado sob fiança. Ai declarou na época que não recebeu um aviso formal explicando do que se tratava a suspeita de "crimes econômicos".
As autoridades de Pequim devolveram o passaporte do artista na semana passada, mais de quatro anos depois de tê-lo confiscado após a sua detenção secreta por 81 dias.
Reprodução/Instagram/aiww | ||
O artista dissidente chinês Ai Weiwei posa com seu passaporte, devolvido pelo governo em 22 de julho |
Em uma carta emitida pelo Departamento de Vistos e Imigração do Reino Unido, que Ai Weiwei postou no Instagram, o órgão afirma que Ai não havia declarado ter "recebido anteriormente uma condenação penal na China".
A Reuters não pôde verificar imediatamente a autenticidade da carta.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade