Referências de 'O Vinho Perfeito' são mais interessantes que própria obra
No longa italiano "O Vinho Perfeito", de Ferdinando Vicentini Orgnani, a derivação é regra. Desde o início, com a mulher misteriosa e a revelação da estrutura baseada em flashbacks, tudo remete a filmes europeus de prestígio.
O ambiente corporativo de competição e inveja por todos os lados remete a "O Capital" (2012), de Costa-Gavras.
O interrogatório é quase um plágio de "Uma Simples Formalidade" (1994), o melhor filme de Giuseppe Tornatore.
Finalmente, alguns ambientes pelos quais circula o protagonista, um profundo conhecedor de vinhos, lembra os de "A Grande Beleza" (2013), de Paolo Sorrentino.
Com a exceção deste último, propaganda interminável de aperitivo alcoólico, os modelos são mais interessantes do que "O Vinho Perfeito".
Divulgação | ||
Cena do filme "O vinho perfeito" |
Vejamos sua trama de maneira linear. Giovanni (Vincenzo Amato) é um bancário que tem uma vida medíocre e um relacionamento sem graça com a esposa Adele.
Quando conhece um misterioso professor, passa a adquirir dons especiais, dos quais o mais evidente é o de reconhecer qualquer vinho existente no planeta.
Como num passe de mágica, ele vira gerente do banco e gasta dinheiro em vinhos raros de leilões. Depois, torna-se um playboy profissional.
Um assassinato o transforma em principal suspeito, e como o investigador de polícia, também queremos saber o que realmente aconteceu.
Não convém querer muito, vale dizer, pois as respostas reveladas são frutos da mais frágil imaginação.
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