CRÍTICA
'Victor Frankenstein' transforma romance clássico em aberração
Faz parte da cultura do blockbuster atualizar clássicos da literatura. Na fórmula básica devem estar ingredientes para que o público não prefira brincar com a pipoca.
"Frankenstein", um romance de Mary Shelley que refletia os tempos de revolução industrial no começo do século 19, transforma-se em "Victor Frankenstein", montanha-russa atabalhoada para a geração pós-MTV.
Há quem encare como arte, o que justifica, de certo modo, que bobagens como essa continuem sendo feitas.
Nesta aberração audiovisual, Daniel Radcliffe (péssimo como sempre fora da franquia "Harry Potter") é um corcunda tido como estorvo.
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Daniel Radcliffe em "Victor Frankenstein" |
Um dia, salva a trapezista Lorelei (Jessica Brown Findlay) de uma asfixia, e chama a atenção de Victor Frankenstein (James McAvoy), estudante de anatomia com ideias ousadas.
Nasce, assim, uma parceria providencial. O personagem de Radcliffe passa a ser tratado por Victor. Deixa de ser corcunda e se transforma em Igor, ajudante e posteriormente sócio na complicada empreitada de criar vida a partir de restos mortais.
Com meia hora de filme, já entendemos que é uma perda de tempo. Depois de uma hora, começamos a achar que é um novo método de tortura.
Pior para Paul McGuigan, o diretor escocês que, anos atrás, havia se mostrado um discípulo promissor de Brian De Palma com "Amor à Flor da Pele" (2004).
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