Promotor de caso de 'Making a Murderer' reclama da edição da série
Steven Avery é inocente. Ao menos no veredito de quase 112 mil pessoas que assinaram o pedido criado no "We the People", plataforma digital de petições públicas da Casa Branca.
Criado em 20 de dezembro de 2015 —dois dias após a estreia de "Making a Murderer"—, a reclamação se baseia no programa da Netflix para pedir que o presidente dos EUA, Barack Obama, perdoe Avery pelo suposto envolvimento no assassinato da fotógrafa Teresa Halbach, em 2005.
Netflix/Divulgação | ||
Steven Avery em cena da série documental 'Making a Murderer' |
Este não é o único pedido em favor do homem que, em 2007, foi sentenciado a prisão perpétua. Uma semana após a petição na plataforma digital da Casa Branca, um usuário chamado Michael Seyedian criou um texto semelhante no site "Change.org". A petição de Seyedian já tem 268 mil assinantes.
CONTESTAÇÃO
Enquanto milhares de norte-americanos se mobilizam pela liberdade de Avery, o promotor do Estado de Wisconsin que atuou no caso afirma que as diretoras do documentário distorceram peças-chave que levaram à condenação.
Na segunda (4), em entrevista ao programa de televisão "Good Morning America", da rede ABC, Ken Kratz disse que a série "apresenta informações erradas" e acusou as cineastas de esconder, intencionalmente, fatos que levariam telespectadores a crer na culpa de Avery.
Kratz contesta a edição realizada por Laura Ricciardi e Moira Demos, criadoras da série, na qual as supostas provas do caso -DNA de Avery extraído de suor e sangue que estavam no veículo de Halbach e uma bala com DNA da vítima encontrada na garagem do condenado- teriam sido plantadas por policiais do condado de Manitowoc.
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