CRÍTICA
Três tramas se superpõem no roteiro de 'O Jogo da Imitação'
Há ao menos três ficções que se superpõem em "O Jogo da Imitação" (2014, 12 anos, HBO2, 23h05), do diretor norueguês Morten Tyldum.
Na primeira, um matemático inglês, Alan Turing, interpretado por Benedict Cumberbatch, assume a missão de decifrar um sofisticadíssimo sistema nazista de códigos.
Na segunda, durante a Guerra Fria, um policial (obstinado e pouco inteligente) procura demonstrar que, em vista de uns tantos mistérios que envolvem o matemático, ele deve ser um espião a serviço da URSS.
A terceira, e mais estranha, diz respeito à sexualidade do matemático. Ou antes: por que teria Alan Turing (que de fato viveu e foi um matemático genial) armado uma espécie de jogo capaz de revelar sua homossexualidade ao policial?
Isso, claro, sabendo ele que, nos anos 1950, na Inglaterra, o tratamento a homossexuais era medieval. Essa terceira ficção o roteiro que deu o Oscar a Graham Moore não esclarece. Nem por isso é desinteressante. Longe disso.
Divulgação | ||
Benedict Cumberbatch em 'O Jogo da Imitação' |
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