crítica/filme na tv
'Cantando na Chuva' transmite sensação histórica como poucos
Divulgação | ||
Cena do clássico 'Cantando na Chuva', de 1952 |
Talvez não exista filme mais eufórico na história do cinema do que "Cantando na Chuva" (Futura, 22h, livre). Feito em 1952, o filme acompanha um grupo de atores durante a passagem do cinema mudo ao sonoro.
Para quem não sabe, essa é a transformação central da história do cinema, a única que ocasionou reais mudanças de linguagem. Stanley Donen e Gene Kelly fazem desse momento dramático e fabuloso um magnífico quadro, em forma de musical.
Mas souberam, ao mesmo tempo, transmitir o sentimento histórico como poucos filmes o fizeram. Estamos em 1952 e o mundo acredita cegamente no progresso. Eis a crença de que o filme partilha.
A euforia referida acima tem muito a ver com isso: Gene Kelly dança na chuva não apenas pela segurança do amor, mas pela confiança que tem no mundo. Se fosse hoje talvez temesse pelas partículas tóxicas da chuva etc. etc. Já não se faz mais futuro como antigamente.
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