CRÍTICA/ FILME NA TV
Brilhantismo de 'Para Sempre Alice' supera tema horrível
Existe uma ciência no cinema americano de tornar palatável um tema que, em princípio, parece insuportável. Em "Para Sempre Alice" (2014, 12 anos, HBO 2, 22h) o que vemos é uma mulher decompor-se sob o efeito do Alzheimer.
Não qualquer mulher: uma professora. E de linguística, para completar. E para provar que atividade intelectual não tem nada, rigorosamente, a ver com a doença.
Essa mulher é, no caso, Julianne Moore. Eis a ciência hollywoodiana: em lugar de ver a mulher se decompondo, se desumanizando, podemos nos fixar no desempenho de Julianne Moore, que por sinal ganhou um Oscar pelo papel. Que por sinal o mereceu.
O horrível torna-se então de certo modo agradável. Continuamos em um "filme de tema" típico,grave, no mais. Mas o gozo do espectador é garantido. Viva a estrela!
Divulgação | ||
Julianne Moore em cena de "Para Sempre Alice" |
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade